Agradecendo à minha filha Elaine pela boa contribuição,
Veja o que aconteceu no banheiro numa certa ocasião...
... Essa historinha enviada pela minha filha me faz voltar no tempo – início da década de noventa, quando surgiram os primeiros celulares em Santa Catarina.
Numa bela manhã de chuva, eu desembarcava na Rodoviária vindo do interior (e para quem não sabe, os “benditos trens” que fazem esse trajeto não possuem WC). Assim, você deve imaginar a minha pressa em chegar ao “melhor lugar do mundo”... Mas cheguei... Cheguei e recém havia sentado na “poltrona”, quando ouvi as “boas-vindas” vindo do “apartamento” ao lado:
- “Olá! Seja benvindo! Como vai você??”
Estranhei, em princípio, mas achei que poderia ser algum gerente da área de RH (hoje, Gestão de Pessoas). Tinha pensado em ficar calado, mas para não ser mal-educado, respondi com cortesia:
- “Tudo bem! E você como vai?”
- “Cara – continuou meu interlocutor, depois de um breve silêncio – Que bom que você veio! Esse Programa de Qualidade que vamos implantar vai mudar o mundo empresarial e, principalmente as pessoas...”
Estava explicado, imaginei. A Qualidade, que eu começava a conhecer na época, tinha também o poder de mudar as pessoas (e para melhor).... A “recepção” que estava tendo não deixava dúvidas...
- “Péra” aí... pensei com meus “botões”: Como é que aquele sujeito sabia que eu estava envolvido com o Programa de Qualidade? Seria algum treinando? – Esquecendo as minhas “atividades essenciais do momento”, indaguei entusiasmado:
- “Como foi que você soube da minha participação no Programa de Qualidade”?
A pergunta teve o poder de uma bomba. Bruscamente meu “vizinho” se move em seu “ap” e sua voz áspera e forte ecoou no pequeno recinto:
- “Cara, depois a gente conversa. Vou ter que desligar. Tem um engraçadinho aqui que está torrando a minha paciência!”
