Malubarni
Permita-me a franqueza de exprimir-lhe muito pouco agrado pessoal sobre frases como esta:
"Amigo, a frase é própria para mim, que não sou assim tão letrada como você, minha gramática é pobre, e cometo erros terríveis, mas um Poeta há muito tempo já dizia:"...
Sem acrescentar mais qualquer tipo de reparo.
Todavia, isoladamente, claro, aprecio imenso o arrebatamento poético:
"Última flor do lácio
inculta e bela
és ao mesmo tempo
esplendor e sepultura"
Tanto o aprecio, que, para não colocá-lo em circunstância submetido a uma outra frase onde ficasse bastante mal, prefiro mergulhar em seu conteúdo e exprimir-me...
Foi nas pobres letras desta vida
Que tive acoite e pão de poesia
E tão bonita foi essa guarida
Que se hoje pudesse... Voltaria...
À tenra felicidade... Ó voltaria
Para desconhecer a amargura
E mesmo que aí tivesse sepultura
Até com a morte rejubilaria.
Em suma... Pobres-pobres, no caso, cara Malburni, são os que se fingem ricos e bem à vista demonstram miseravelmente o nada, porque o nada singelo merece-me muito... Muito mais respeito do que o tudo.
De resto, quiçá tenha caminhado um pouco mais do que Você e em evidência tenha de voltar-me bastantes vezes para trás a fim de ver alguma parte do que percorri.
Beijinhos portugas da Foz do Porto...
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