“Repito contudo a dois por três que os bens materiais mais valiosos que possuo, eu os devo ao imperialismo” (Jorge Amado, in “Navegação de Cabotagem", pg. 67).
Em 1962, a MGM comprou os direitos cinematográficos de “Gabriela”, cuja tradução de Alfred Knopf então figurava nas listas de best-sellers dos jornais de NY e Los Angeles. Com o dinheiro, Jorge Amado comprou a casa do Rio Vermelho, na Bahia, cuja construção teve contribuição de artistas como Carybé, Mário Cravo, Calasans Neto, Tati Moreno, o ceramista João Franco, de Portugal, entre outros.
Em 1985, a editora Bantam, de NY, pagou adiantado pelos direitos de tradução de “Tocaia Grande”, preço descomunal, segundo o NYT. Com a “mais-valia” imperialista, e um pé-de-meia de Zélia, Jorge Amado comprou sua mansarda no Quai des Celestins, que dá para o Sena, a Notre Dame e a Torre Eiffel.