Mesmo sendo aquele um restaurante de qualidade, o garçom não tinha disponível nenhum cardápio em braile, como pediu aquele ceguinho que se sentou numa mesa.
- Não faz mal, o ceguinho lhe disse. Traga-me uma colher suja da cozinha, para eu provar a comida.
Ele achou estranho, mas fez o que lhe foi pedido. Pegou numa colher usada na cozinha e deu ao ceguinho, que lambeu a colher e comentou:
- Ótimo tempero. Camarão com arroz à grega. Pode trazer esse prato.
No dia seguinte, a mesma coisa:
- Frango e batata frita... Pode trazer esse prato.
Passou uma semana e todo dia a mesma coisa: o ceguinho pedia a colher e dizia qual era o prato.
O empregado então resolveu aprontar com ele. Quando o ceguinho chegou e pediu a colher ao garçom ele pegou numa colher limpa e falou à cozinheira, Estela, que era sua namorada:
- Eu quero pregar uma partida no ceguinho. Pega esta colher e passa ela na sua “chana”.
A cozinheira fez o que o namorado pediu e o garçom levou a colher ao ceguinho. Ele colocou a colher na boca, pensou um pouco e disse:
- Ah, a Estela está a trabalhando aqui!...
Visite a minha página clicando aqui
CARLOS CUNHA/o poeta sem limites
dacunha10@hotmail.com
|