Assistindo ao jogo Brasil X México, cheguei à conclusão de que o problema do treinador brasileiro não é o esquema tático, nem a condição física, nem o entrosamento... É a tal maria-chuteira.
Essa dedução vem de uma idéia mais antiga, sobre líderes árabes, e se cristalizou depois que perdi tempo, no domingo, vendo o jogo da seleção.
Esse papo está confuso, eu sei. Mas explico: da mesma forma que um dia a fatalidade para Saddam Hussein seria uma mulher chamada Monica Levinsky, para o treinador brasileiro seriam as tais marias.
Saddam e outros se divertiam com fantasias de exterminar o EUA e demais povos pecadores quando, em mais um momento de fraqueza dos profanos ocidentais, os lábios de uma estagiária transpuseram limites nos domínios privativos de Bill Clinton.
Mas certos segredos acabam vindo a público. O mundo ficou sabendo e a imagem de Clinton foi à lama. Para recuperar-se nas pesquisas pré-eleitorais, uma das estratégias foi partir para o ataque no Oriente Médio. Deu certo. Tão certo que, mais tarde, até seus adversários se beneficiariam, já que o candidato republicano gostava de gatilhos e mísseis. Bush se elegeu e Saddam se fedeu.
O futebol brasileiro parece vítima de fenômeno semelhante. Sem querer compará-lo com o Iraque nem fazer trocadilho infame, quando o Fenômeno se apaixona, é o coração do treinador que dispara. Aliás, isso já aconteceu antes. A Seleção precisa do craque. Ele, por sua vez, precisa da maria, que precisa compulsivamente enfiar a chuteira na jaca. Outras vezes, apenas não suporta as peraltices de seu menino de ouro. Como isso acaba mal, o craque entra em crise, cai em tristeza, não treina ou não tem vontade de jogar... Seleção desfalcada... tome gol do adversário!
É por isso que não adianta torcer só pela Seleção ou pelo entrosamento da zaga. Mais importante é torcer para maria não pisar na jaca...