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Humor-->Diário de Bordo -- 12/08/2006 - 13:41 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


DIÁRIO DE BORDO


O vôo estava previsto para as 19 horas do dia 27 de maio de 2006. Houve um atraso de trinta minutos. Aliás, considerando a confusão que se instalou nos aeroportos nos últimos meses, creio que o atraso do nosso vôo não tem muita significância.

Embarcamos. Até agora tenho dúvidas se entrei pelas próprias pernas ou pelo vácuo do empurra-empurra...

Ai Jesus! Nem bem tinha começado a aventura... e já senti meus ossos serem prensados entre os bancos do avião.

As respirações entraram automaticamente no espírito da sincronicidade, caso contrário: um, dois, três ou mais corpos poderiam ter sucumbido.

Está lá? Então fique atento.

A TAP segue à risca: T ranca A ntes de P rensar, para que ninguém desista de voar.

Ora, pois... tal qual a sorte das sardinhas enlatadas.

Subitamente fui envolvida pelo sentimento de compaixão. Só mesmo sentindo a ‘dor do outro’...

Aliás, dizem que não é só na TAP que acontece isso. Dizem por aí que todas TAPeiam mesmo.

Triste destino da classe turística: a classe que mais sonha e junta tostões do que realmente viaja.

Mas esta classe não passa pela humilhação de entrar pelas portas do fundo. Ah, isso não! As companhias aéreas não são tão desumanas assim.

A tal ‘classe’ entra pela porta da frente de cabeça erguida. Passa por todo o conforto da primeira classe ou classe executiva, observa as suas confortáveis poltronas, mantas, etc... e só depois, muito depois é que adentra ao corredor da morte lenta.

A execução começa a seguir, mas a ‘classe’ se sujeita a qualquer aperto para atravessar as nuvens de um céu desconhecido. E é como se diz: "tudo vale a pena quando a alma não é pequena."

Para compensar o stress a TAP tira o foco do desconforto e oferece uma mini-tela individual com a alternativa de bons filmes durante o ‘breve’ percurso. Isso é claro, no caso de sobrevivermos ‘ao enforcamento’ com os fios para a escuta durante os cochilos.

Está lá? Então continue atento.

Cuidado, muito cuidado também ao utilizar a ‘APERTOILLET’. Não tem o charme francês do nome, não! Existe ali um bicho tão feroz... mas tão feroz que é capaz de sugar a ‘aura’ e a ‘alma’.

Cá entre nós, uma dica, caso você não seja muito esperto: eu deixei a ‘aura’ do lado de fora e amarrei a ‘alma’ na torneira. A alma, que não é boba nem nada se agarrou ao espírito que é bem mais forte. E todos tiveram um final feliz.

Isso mesmo! Todos sobreviveram nessa jornada de herói.

Realmente, é preciso ser esperto, muito esperto para ousar voar para terras mais distantes sem correr o risco de ser sugado por um ‘vaso mágico’ qualquer.

Por fim, um descanso. Hora do lanche:

- Batatas ‘ao murro’ ou Batatas ou murro ?

Não entendi muito bem, mas aceitei as batatas...

Você teria coragem de dizer NÃO? O céu já não era mais brasileiro, ora, pois...

Eu também. Consenti com a cabeça e rapidamente desviei meu lado direito (que já é meio torto) no aguardo das batatas ou do murro...

Ó céus! E ainda nem chegamos na ‘Terrinha’.

Valha-me Deus!

Está lá?

É bom que ainda estejas.
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