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Humor-->Salvo pelo melão -- 14/02/2007 - 11:29 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Salvo pelo melão

A reunião era de lançamento e foi bastante longa. O Vilhena, propagandista velho de casa, estava tranqüilo. Ainda que fosse mal na simulada não corria risco algum de perder o emprego, era o que pensava. Doce e ledo engano, ninguém estava absolutamente seguro no emprego quando o chefe era o Sinésio Salles. No terceiro dia de trabalho, logo após o almoço, o Vilhena exigiu melão de sobremesa. Era a terceira vez que fazia aquilo. O hoteleiro, muito gentil, mandou providenciar. O Vilhena se deliciava com o melão e o Sinésio ficava só manjando... No final da reunião, o Sinésio chamou o Vilhena e lhe disse: “Vou trabalhar com você. Quero ver o seu desempenho no lançamento e conhecer sua casa em Ribeirão Preto”. O propagandista, nesse caso, não podia fazer nada. Concordou, mas ficou intrigado. O que viria fazer em Ribeirão Preto o Sinésio?
O gerente Sinésio, que era tido como maluco por todos —mas que de maluco não tinha nada—, prometeu e veio. Chegou no dia seguinte e acompanhou o Vilhena por dois longos dias, entrou em vários consultórios e hospitais, visitou todos os atacadistas da praça. O Vilhena, macaco velho, desconfiou que o Sinésio estava com ele só por causa da história da sobremesa de melão que comera durante a reunião e mandou a sua mulher comprar uma dúzia de melões e recomendou que fossem colocados em local bem visível da casa, mas não deveriam ser comidos. Ele tinha certeza de que o Sinésio iria querer visitá-lo em casa e se preparou para o pior.
Não deu outra. No terceiro dia o Sinésio manifestou seu desejo oculto e disse para o Vilhena: “Quero conhecer a sua casa!...” “Pois não, será um prazer!...” —disse o Vilhena, e convidou o visitante para almoçar com ele, seria uma honra recebê-lo com um almoço. Ele sabia que o Sinésio iria pedir melão na sobremesa e, se não tivesse, seria demitido. Isso era mais do que certo.
Quando os dois entraram na casa do propagandista, a primeira coisa que o gerente viu foi uma montanha de melões amarelos sobre a mesa. O Sinésio queria demiti-lo, mas ficou desarmado e não pode tomar qualquer atitude. Olhou para os melões sobre a mesa, coçou a cabeça e disse, desencantado: “Vai gostar de melão assim na puta que o pariu!...”
E se mandou para São Paulo, nem quis almoçar...
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