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Humor-->WILBURN E O PRESIDENTE -- 21/03/2007 - 10:48 (Rudolph de Almeida) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
WILBURN E O PRESIDENTE

Reza a lenda que nos longínquos, sombrios e fétidos pântanos das mais ermas regiões da não menos longínqua Strangeland, habitava um ser horrendo e mau chamado ... bem, de fato dele não era chamado, pois ninguém nunca o havia visto e nem queria vê-lo. Dele só se ouviam os uivos lancinantes a varar as madrugadas frias e nevoentas, pelo que se deduzia que fosse horrendo. Daí porque, embora ele não fosse chamado de coisa alguma, era conhecido como O Horrendo. Era considerado mau por inferência, pois se era horrendo haveria de ser mau também. É que no imaginário daquele povo ignorante as coisas belas eram naturalmente boas, embora é claro que eles não se referissem necessariamente às mulheres ... Pois bem, certa feita a linda donzela que habitava a vila mais próxima, coisa típica das lendas, a donzela, coisa que só nelas ainda existe, foi passear próximo ao pântano junto com os rapazes do time de futebol local. Enquanto dançavam todos nus ao redor de uma fogueira entoando antigas canções celtas de evocação a espíritos lascivos de outras esferas, O Horrendo, atraído pelo cintilar do fogo, aproximou-se e raptou a donzela, fato nem percebido pelos rapazes que brincavam entre si de uma maneira nada ortodoxa, por assim dizer.
O Horrendo levou a donzela para o pântano e eles se amaram loucamente, pois a bela donzela não era de recusar carne fresca, fosse o que fosse. Desse mágico encontro, tempos depois, nasceu .... uma gonorréia no Horrendo, pois ele não conhecia a camisinha. A donzela ainda ficou grávida e nove meses depois pariu, já na aldeia, um menino que recebeu o nome de Wilburn.
Wilburn cresceu forte e saudável, pois lá não havia televisão, refrigerante ou bolachinhas recheadas. Era uma criança normal, exceto pelas duas cabeças, sete braços, o rabo e o pelo almiscarado. No exato dia em que fez dezoito anos, conheceu Grisnelda, que era a menina mais linda da aldeia atrás das montanhas, já que todas as demais haviam morrido numa epidemia. Foi amor à primeira vista, pois embora ela fosse cega, encantou-se com a maciez do pelo de Wilburn. Ele amou aquela boca sem dentes, as orelhas de abano e as funções simiescas da rapariga. Logo quiseram casar e assim foi. O povo local não gostou da união, pois Wilburn não parecia humano e a fiel Grisnelda deixou a rapaziada da vila no seco a partir de então. Fugiram, por isso, para um distante país da América do Sul, onde ela deu a luz a um rebento chamado Molusco. Demonstrando que era filho de uma estranha união, o pequeno já nasceu barbudo e sem parte de um dedo da mão. Afora isso, além da pouca inteligência e da falta de vontade de estudar que se manifestou mais tarde, era uma criança igual às outras. Porém, já se percebia nele algo de diferente, um quê especial a antever um futuro promissor, algo a lembrar uma estrela. No futuro, parte dessa habilidade oculta se manifestaria no dom de mentir como poucos e de representar como ninguém. Voltando à narrativa, no dia do nascimento, Wilburn delirando de alegria disse, esse menino vai ser Presidente da República. Grisnelda, rindo, falou, ora, Molusco presidente? Só no desenho do Bob Esponja ou na República das Bananas!
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