Não. Não se trata de CPI para averiguar os atributos sexuais (estrovenga) de um certo senador da República pulador de cerca, que teria recebido uma certa "verba indenizatória" para pagar a pensão da filha que teve com uma jornalista.
Trata-se de um caso curioso, ocorrido em Magé, RJ. Mais uma notícia inútil, com a qual brindo meus 171 ou 711 leitores diários, não tenho o número certo na cabeça no momento, me desculpem.
Procuradoria dá prazo até amanhã para o material aparecer na prefeitura. Caso contrário, vai à Justiça
Cássio Bruno
A polêmica sobre o sumiço de dois pênis de borracha do patrimônio da Prefeitura de Magé pode parar na Justiça. A Procuradoria Geral do município deu um prazo até amanhã para que o material apareça. Caso contrário, será feito pedido de busca e apreensão dos inusitados produtos na 1ª Vara Cível contra a ex-prefeita Narriman Zito (PT).
Ela é apontada pela prefeita Núbia Cozzolino (PMDB) como responsável pelo desaparecimento dos pênis "ambos morenos de 12 e 15 centímetros e com bolsa escrotal", além de um modelo pélvico que reproduz o aparelho feminino, que foram comprados dia 29 de abril da empresa paulista Semina Educativa por um valor total de R$ 218,10 gastos dos cofres públicos, conforme o DIA noticiou ontem.
A Procuradoria Geral do Município informou ainda que vai pedir ajuda ao Ministério Público para propor também uma ação penal pelo desaparecimento dos dois pênis de borracha e do modelo pélvico.
"Não vou repor nada. São coisas supérfluas. Ela comprou para fazer o quê, eu não sei. Só acho que a ex-prefeita Narriman poderia ter comprado agulha e algodão para os postos de saúde, por exemplo", disse a prefeita, reclamando de que outros objetos como geladeira, aparelhos de ar-condicionados, móveis e computadores também sumiram dos prédios públicos de Magé.
Procurada pelo DIA, a antecessora e adversária política de Núbia Cozzolino, Narriman Zito, disse ontem que os pênis devem ter sido levados por funcionários da Secretaria de Saúde. Segundo ela, o material era usado em campanhas de prevenção a Aids e de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) em projetos de educação sexual.
"Todo mês o material (os pênis) era usado em praças e nas escolas, principalmente para os jovens. Antes, nós utilizávamos bananas para colocar os preservativos. Isso é um assunto científico, importante. Acho melhor ela (Núbia) trabalhar", respondeu Narriman Zito, irritada com a polêmica.
De acordo com o diretor-geral da empresa Semina, Geraldo Mattar Júnior, a encomenda foi entregue à Prefeitura de Magé com nota fiscal no dia 6 de maio. O modelo pélvico de acrílico, que pesa 650 gramas, custou R$ 152,70. Já os pênis grande, de 300 gramas, e o pequeno, de 150 gramas, custaram R$ 32,70 cada um.
Obs.: Eu acho uma idéia racista, essa de comprar apenas pênis "moreno". Por que não pelo menos comprar um "branco", nem que seja o pequeno? (F.M.)