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Humor-->TJN - 004 = O Mercado de Votos -- 20/08/2007 - 21:09 (TERTÚLIA JN) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Numa das minhas cogitações matinais na sanita, concluí concisamente que existe um enorme desperdício de riqueza no acto de votar. Então o votante, levado por certos deveres cívicos que lhe impingiram, sacrifica uma tonificante manhã de praia, um belo e higiénico passeio dominical ou uma relaxante sessão da tarde, para ir votar e dar um bom tacho a um político e nada lucra com isso?! Já não estamos nesse tempo! O voto vale dinheiro porque dá dinheiro a muita gente e quem quiser votos que os compre! Há vários tipos de votos: o útil, o inútil e o nulo que não serve para nada. Suponho que a maioria dos votos são inúteis, porque não resolvem os problemas das pessoas. São úteis apenas para quem é eleito.
Numa economia de mercado nada se perde, nada se dá e tudo se deve transformar em carcanhóis. Numa boa gestão, o verbo dar não deve existir, isto é, não há nada de borla, tudo se vende, tudo se compra, tudo tem o seu preço e o cidadão, quando vai votar, não vende, dá o seu voto de borla! Economicamente está incorrecto, pois com os votos, os eleitos arranjam bons cargos que, para além de poder e fama, lhes vão dar umas massas e acautelar o futuro e os que votam, os eleitores, nesgas! Não tiram nenhum proveito! É um sistema imoral e injusto que urge pôr fim.
Acabe-se com esta injusta exploração cívica, pois, na sociedade actual, já não há lugar para amadorismos. Tudo deve ser profissional, racional e rentável. Urge implementar o mercado de votos com empresas onde o cidadão eleitor transacciona o seu voto e os partidos ou os candidatos possam adquirir os votos de que necessitam e que estejam disponíveis no mercado, a um preço cotado na bolsa. Este sistema, além de ser mais abrangente e compatível com uma sociedade empresarial avançada, mercantilizada e computorizada que se pretende ser, evita a palhaçada hipócrita e brejeira das campanhas eleitorais, pouco dignificante para a política e vexante para os candidatos que se sacrificam a andar por aí, armados em proletas, em mangas de camisa, pelas feiras e mercados a beijar regateiras da praça, peixeiras mal cheirosas e crianças ranhosas. Um sistema de propaganda pouco profilático e já obsoleto que obriga ingloriamente os pobres candidatos a fazer das tripas coração, adoptando modos e atitudes impróprias da sua elevada condição de inimputáveis representantes do Povo.

27/01/2002

Reinaldo Beça



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