" Eu estava passeando, num domingo, num parque público,daqueles cheios de árvores, estátuas, com direito a lago e tudo mais. É um local onde uns fazem piquenique, os atletas vão manter a forma e os artistas buscam inspiração.
Em uma das opções acima (decerto que não sou atleta) estava eu caminhando, quando vi um senhor parado, olhando uma criança brincar com um cachorro na grama. Fiquei logo abismado com a beleza do garoto risonho, muito risonho. Um tipo de criança que todo pai gostaria de ter.
Parei então ao lado do tal senhor e exclamei:
- Coisa mais linda. Não ?
Ele: - É. Deus existe.
Eu: - Quanta alegria, quanto vigor !
Ele: -É. Queria que o meu fosse assim.
Eu: - A natureza às vezes cumpre perfeitamente sua função.
Ele: - Se melhorar estraga.
E a criança rolava com o cachorro; que devolvia a bola ao menino; que jogava o graveto para o cão; que lambia o guri; que não se cansava de afagar o animal...ninguém sabia quem era mais fiel a quem.
Era um menino branco, loiro, de olhos azuis, com fortes traços europeus.
Então, para contemplar a admiração do senhor, quis fechar o nosso diálogo lhe perguntando: