Essa foi contada por Aline, prima de Bruno, meu genro, que sustenta a veracidade da mesma:
Seu tio era veterinário em uma cidadezinha de interior e possuía um comércio de produtos agrícolas. Em lugar pequeno, todos têm tempo e imensa calma para tudo. Ainda mais o mineiro, famoso por sua fala lenta, mas de espirituosidade agudíssima!
Certo dia entrou um matuto em sua loja, perguntando:
- O senhor tem remédio bom para rato?
O tio Antônio logo respondeu, querendo fazer uma gozação:
-Olha... Bom para rato não tenho não... O senhor procure uma farmácia!...
O mineirim olhou para ele na maior tranqüilidade e disse:
- Na verdade eu preciso é de um veneno! Que marcas o senhor tem aí?
O dono da loja partiu para as explicações sobre marcas, preços, diferenciais, e o mineirim sempre querendo saber mais. Queria explicações sucintas sobre o produto, porque um era mais caro que o outro, e por aí foi numa verdadeira sabatina.
O tio Antônio foi agüentando a barra até que chegaram outros fregueses. No entanto, nada do roceiro desconfiar! E continuava a “torrar-lhe a paciência” e a empatar a possível venda a outros consumidores. Já irritado, falou ao mineirim:
- Afinal o senhor vai levar ou não?!...
E o matuto olhando firme prá ele, falou com voz mansa, mas irônica:
-É O JEITO NÉ?... O RATO NÃO VEM AQUI MESMO!......