Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63225 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10679)
Erótico (13592)
Frases (51743)
Humor (20177)
Infantil (5602)
Infanto Juvenil (4946)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141306)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Coral ou Rock? -- 17/12/2008 - 11:47 (Fernando Werneck Magalhães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sorte tive eu, na véspera de uma madrugada há cinco anos atrás, quando consegui flagrar o meu sobrinho Lique em casa e suficientemente acordado para receber os meus parabéns pelos seus dezessete anos. Aquela lenga-lenga costumeira – muitas felicidades etc. e tal. Aproveitei, porém, para fazer-lhe, gratuitamente, uma pergunta de médico homeopata: “Como vai de humor?” Felizmente bem, o que me animou a transmitir-lhe a conclusão de minhas derradeiras cogitações filosóficas:

“Porque, meu caro, o humor é ainda mais importante que a saúde! Claro que, sem esta, fica muito mais difícil mantê-lo – já dizia Schopenhauer, o otimista filósofo que se disfarçava no mais pessimista deles. Mas existem pessoas saudáveis que vivem de cara amarrada, de mal com a vida, tristes, melancólicas e depressivas, e que, infelizmente para eles próprios, atingem idade avançada. Para quê? Viver para sofrer? Não importa, portanto, que a gente viva muito ou pouco, contanto que o corpo reflita (inclusive no espelho) um bom humor que venha lá de dentro das profundezas da alma (mente? espírito?).”

“Agora, uma coisa é (ou parece) certa. Quem consegue achar graça nos pequenos acidentes da existência é um abençoado pelos deuses, pois terá muito maior capacidade de se divertir com acontecimentos maiores – e a um custo bem menor (e lá vem esse economista, sempre à espreita, com os seus economicismos intempestivos!)”

Lique, um carinha paciente e ainda embalado por Morfeu, deve ter bocejado horrores diante de tanta catequese. Para apagar a má impressão inicial, resolvi tentar impressioná-lo bem (com perdão da repetição enfática e contrapontística), ao menos ao final da homilia, visto que ele que é músico:

“Sabia que estou pensando em entrar para um coral?”

“Beleza pura, tio” (expressão seguida de outro bocejo, que supus menor, logo seguido de outro, indubitavelmente maior).

“Só tem um senão: como fazer para sobreviver com toda a minha incompetência musical? Ao último coral de que fiz parte tive o bom senso de cair fora antes que dele me expulsassem a pontapés.”

“Fácil resolver isso, tio. Por que você não entra para uma banda de rock?”

“Uma idéia a se pensar. Pelo menos, posso esconder a minha maviosa voz no meio do barulho ensurdecedor da bateria. A propósito – e aqui vai uma observação séria de agent provocateur – você já decidiu se pretende se tornar um adulto ou um baterista?”

Por aí ficamos – eu (como Brutus), com a minha suspeita filosofia; ele, com a do rock ‘n’roll. In pace, pelo menos até transantontem!



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui