Criança tem um modo peculiar de se expressar e a sua lógica, na maioria das vezes, deixa um adulto boquiaberto.
Num mundo cheio de regras mutantes e modismos educacionais pasmo com a singeleza do raciocínio infantil livre da sedução de longas explicações dos “filósofos de plantão”. Fico abismada com proposições ditas “adultas” sobre temas que, acredito, deveriam ser escolha de pais amorosos. Creio que o Amor Real sempre acerta suas escolhas em relação a quaisquer assuntos de relacionamentos e sempre opta por atitudes de bom senso e de boa paz.
Na época da infância de minhas filhas quebrei a regra da crença de que filhos jamais deveriam passar para a cama dos pais. Elas sempre foram bem vindas e até a pré-adolescência transitaram livremente entre suas camas e a minha. O fato é que têm boas lembranças e ninguém ficou prejudicado por tê-las embalado até que perdessem o medo ancestral da solidão e do escuro.
Conto isso para ilustrar a pergunta de meu neto, de sete anos, à sua mãe, quando ela tentava convencê-lo de que já era hora de ele dormir a noite toda em seu próprio quarto.
-MÃE, SE VOCÊ E MEU PAI, QUE SÃO GRANDES, DORMEM JUNTOS, POR QUE EU QUE SOU PEQUENO TENHO DE DORMIR SOZINHO?...