Manuel e Maria estavam casados há mais de quinze anos em Portugal, e nunca houve traições entre eles.
Certo dia Manuel disse a Maria:
— Maria! A vida aqui na terrinha está cada vez pior. Estou indo para o Brasil trabalhar e ganhar dinheiro. Vamos fazer um solene juramento.
— Qual juramento? Perguntou Maria.
— Vamos jurar ajoelhados que, enquanto estivermos longe um do outro, eu não traio você, e você, minha amada Maria, também não me trai!
Ajoelharam. Com as mãos dadas entre soluços, prestaram o juramento.
Manuel estava no Brasil há mais de dois anos e nada de sair com mulher alguma.
Certo dia Manoel conheceu uma mulata daquelas de fechar o comércio. Começaram a sair.
Certo dia Manoel levou a cabrocha para um hotel lá da Praça Mauá, e, quando pelado ia para cima da mulata, lembrou do juramento, colocou a roupa e foi embora.
No dia seguinte escreveu uma carta para Maria dizendo:
“Maria meu bolinho de bacalhau! Conheci uma negrota espetacular, depois de relutar diversas vezes, levei a mulata para cama, mas, como estava por cima, dei um pulo e fui embora”
Passado um mês Manoel recebeu a seguinte resposta:
“Meu amor, comigo aconteceu a mesma coisa. Mas, como eu estava por baixo, por mais que quisesse sair não consegui. Estou grávida de seis meses!”
