Um fogo deflagrou num Monte Alentejano. Os bombeiros foram imediatamente chamados para extinguir as chamas. O fogo estava cada vez mais forte, e os bombeiros não conseguiam dominar as chamas.
A situação já estava a ficar fora de controle, quando alguém sugeriu que se chamasse o grupo voluntário da Vidigueira.
Apesar de alguma dúvida quanto às capacidades e equipamento dos voluntários, seria mais uma forma de auxilio. Assim foi.
Os voluntários chegaram num caminhão velho, desgastado pelos anos e operações de combate.
Passaram em grande velocidade e dirigiram-se em linha reta para o centro do incêndio! Foram mesmo até ao meio das chamas e pararam.
Estupefata a população assistiu a tudo. Os voluntários saltaram todos para fora do caminhão e começaram a pulverizar freneticamente em todos os sentidos.
Como estavam mesmo no meio do fogo, as chamas dividiram-se, e restaram duas porções facilmente controláveis.
Impressionado com o trabalho dos voluntários da Vidigueira, o dono do monte respirou de alívio quando viu a sua propriedade ser poupada à devastação das chamas. Na hora pôs as mãos na carteira e passou imediatamente um cheque de 5000 euros à corporação voluntária.
Um repórter do jornal local perguntou logo ao comandante da corporação:
- 5000 euros! Já pensou o que vai fazer ao dinheiro?
- Penso que é óbvio, não é? - responde o comandante a sacudir a cinza do capacete.
- A primeira coisa que vamos fazer é arrumar a porra do freio do caminhão!!
Obs.: Colaboração de meu amigo Humberto Aquino, o "Cachorrão" (F. Maier).