Toda segunda-feira elas visitavam o cemitério Pedro de Alcântara para chorar a perda de parentes falecidos e rezar pelas almas dos entes queridos.
O cemitério também era o esconderijo escolhido por Gonzaga, quando praticava algum crime ou simplesmente para curtir uma ressaca.
Por medida de segurança, as piedosas mulheres chegavam ao campo santo em grupo de cinco ou seis. Naquele dia... naquele dia, Gonzaga estava em pé, no portão:
“Madrinha Cleonice pode entrar...ninguém bole com a senhora...”
Entraram Dona Cleonice, Dona Socorro Carvalho esposa de Joaquim Batista e outras mulheres.
Mais tarde, meio atrasada, chegou outra que também viera prantear um parente e logo se dirigiu ao porteiro, pensando tratar-se de algum zelador ou coveiro.
“Moço, que bom o senhor estar aqui. Estou com medo de Gonzaga de Benbem...”
Mas Gonzaga “é eu”. Se quiser entrar, pode. Aqui é um lugar bom para matar gente! Tá mais fácil de enterrar...”