Lula - É uma máquina assim que serve pra prensar e funciona de maneira mecânica.
LG - Ah, tá. Agora entendi. E doeu?
Lula - Menina, eu tava com tanta cachaça na cabeça nesse dia que eu nem senti nada. Só quando eu olhei pra minha mão esquerda e vi que só tinha nove dedo que eu pensei: vixe, cadê o outro?
LG - E você ficou muito abalado?
Lula - Eu tive que repensar minha vida. Não dava mais pra conciliar o trabalho com a pinga. Aí eu larguei o trabalho.
LG - Foi aí que você decidiu virar sindicalista?
Lula - Foi. Eu tava um dia jogando sinuca e o Biriba, um cumpanhêro nosso, falou que a polícia tava metendo tudo que é sindicalista em cana. Como cana é comigo mesmo eu fui lá.
LG - E como é assim sair do nada e de repente virar ídolo nacional?
Lula - Olha, Luciana, eu acho que nós dois temos experiências parecidas. Eu comecei montando num jegue, e você começou montando num Jagger.
LG - E como é ser presidente? É legal?
Lula - Deixa eu dizer uma coisa pra você. Tem hora que eu fico sozinho lá no meu gabinete, olho praquelas parede, olho o jardim lá fora e
penso: Rapaz, esqueci de comprar os produto de limpeza que a Marisa me pediu..
LG - Pra terminar eu queria que você dissesse uma palavra de esperança pra quem tá assistindo a gente.
Lula - Vou dizer mais de uma. Eu estou convencido de que esse país tem jeito. A gente pode tá jogando futebol e de repente toma um gol, toma dois, toma cinco, tem 2 jogador expulso, o goleiro é míope, o centroavante é
perneta, o juiz é ladrão, o gandula demora pra trazer a bola, e a gente toma mais dois gol e tá tudo uma merda..., mais mermo assim a esperança de que tudo vai dar certo continua lá.
LG - Nossa, que profundo.
Lula - Eu acredito, Luciana. Eu estou muito convencido de que aconteça o que acontecer, o amanhã sempre vai chegar.
LG - Bom, muitíssimo obrigada por ter vindo aqui. É o máximo falar com o homem que governa o país.
Lula - Não tem de quê. Eu é que gostei muito de fazer um pograma com você.
LG - Opa, peraí. Eu não sou mais garota de programa.
Lula - Então tamo empatado. Eu também num governo porra nenhuma...
Obs.: Texto bem-humorado recebido de um amigo internauta (F. Maier).