Pra começo de prosa, se você ainda não leu, recomendamos uma leitura do texto "Personagens do Laviro" que publicamos na seção Cartas.
Neste texto você conhecerá o nome de todos os nossos personagens...
Neste instante, vamos apresentar-lhe com maiores detalhes o nosso personagem OLOKO...
OLOKO pode ser maluco, pode ser louco; mas não é burro, nem um pouco...
Oloko é um sujeito muito louco, que conhecemos pelas ruas fazendo muita loucura,
Junto com ele, você conhecerá outros loucos – todos sem nenhuma perspectiva de cura,
Contudo, essas loucuras, além de divertidas, têm uma pitada de sanidade mental...
Outra coisa, loucura não é sinônimo de burrice e isso você poderá obter comprovação,
Além disso, algumas loucuras a gente mesmo comete em algum momento ou situação,
Esperamos, porém, que essas loucuras gerem apenas coisas boas, isso é fundamental.
Encontrado nas ruas, sem lenço e sem documento, aquele cara doido e maluco recebeu o apelido de OLOKO.
Decidimos adotá-lo, pois suas “tiradas” são muito doidas e divertidas. Algumas vezes, porém, sua prosa é tão racional, que ficamos pensando que loucos, somos nós...
O TESTE DA BANHEIRA
Como disse, conheci OLOKO nas ruas fazendo várias loucuras...
Noutra ocasião, soube que haviam internado ele num hospital psiquiátrico. Não gostei do fato e convidei os parceiros Clone e Orival para ir lá visitá-lo.
Chegando lá, o Diretor veio nos receber. Falei que meus parceiros queriam conhecer OLOKO. O Diretor disse que ele estava na biblioteca. Falou que poderíamos ir até lá, mas não poderíamos incomodá-lo. Entramos na biblioteca e o OLOKO estava sentado numa poltrona, lendo um livro. Nem sequer olhou para nós. Sentamos noutra poltrona grande e começamos a conversar. Foi então que o parceiro Clone resolveu perguntar ao Diretor:
- Qual é o critério que vocês utilizam para internar os pacientes?
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao paciente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a tarefa, nós decidimos o tipo de internação.
- Entendi - disse o Clone - uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher...
- NÃO!! – Foi a palavra que ecoou na biblioteca.
E não foi o Diretor que havia pronunciada. Tinha sido o OLOKO – que agora estava em pé na nossa frente. Ficamos um pouco assustados, mas olhando para o parceiro Clone, o “louco” falou calmamente:
- Não, meu senhor! Uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. E prosseguiu:
- O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?
MORAL DA HISTÓRIA: OLOKO pode ser louco, mas não é burro. Dedicamos esta mensagem a todos aqueles que, assim como o Clone, escolheram o balde. A vida tem muito mais opções... E muitas vezes são tão óbvias, como o ralo, que não as enxergamos...
Em breve você conhecerá outras histórias do OLOKO. Aguarde!
Grato pela atenção e um forte quebra-costelas do seu servo,
Laviro Uedat Sepol ad Avlis