Poucos minutos após ser anunciada a vitória do candidato Bolsonaro para ser o presidente da República, fui envolvido em meio à euforia dos simpatizantes do candidato vitorioso e acabei encontrando o Zelão.
Zelão é um velho amigo de infância e seria injusto o ignorar naquele momento tão festivo, afinal, a eleição de 2.º turno para presidente acabava de ser realizada e o candidato líder das pesquisas de boca de urna tinha confirmado os números dos últimos resultados das pesquisas de intenções de votos, e disse:
- Zelão, enfim, o Brasil vai ter a chance de mudar a partir de agora... e ele, de olhos esbugalhados, perguntou:
- Para onde e por quê essa mudança assim tão repentina? Pediram a casa onde ele morava? Ele não conseguiu pagar o aluguel?
Não sei o por quê, mas meu amigo Zelão, que é um sujeito simples, meio preocupado com tudo e com todos, não entendeu o sentido da palavra “mudança” a que eu me referia e continuou muito preocupado com a notícia, imaginando até se tratar de mais uma fake news..., mas eu o alertei:
- Zelão, a partir de janeiro do ano que vem, o negócio será mais sério do que se poderia imaginar. Se o sujeito escrever e não ler... deverá estar meio enrascado, a não ser que se trate de suspeito com envolvimento em mais uma situação inédita de analfabetismo funcional...