HIPER-SEM-JEITO_ Foi o caso dum rapaz que ficou com o piru preso no cano da piscina.
O movimento no clube tava ainda começando naquela manhã de sábado, Clube Atlético Qualquer Coisa, em São Paulo... Ele nadava, sozinho, tentando se exibir pra duas moçoilas que se bronzeavam ali ao lado, no cimento, espojadas em suas toalhas. Depois duma espetaculosa apresentação atlética, com direito a saltos acrobáticos e um recorde (para)olímpico no nado borboleta, esgotado afinal, ele apoia os braços na borda da piscina e ali fica, resfolegando baixinho, de olho nas franguinhas seminuas. Elas cochilam tranqüilamente, alheias à própria nudez. O moço, com suas resplandecentes glândulas estourando de hormônios, prensa sua ereção contra o azulejo, sob a água. A mulata tá de bruços, tanguinha enfiada na bunda; a polaquinha, de costas, abrindo e fechando as pernas esguias. O rapaz atocha a estrovenga no buraco do cano (o que abastece a piscina) e continua ali, secando as meninas com os olhos, pensando uns treco cabuloso que nem o Kama Sutra passa perto. A princípio, sentiu apenas alguns suaves empuxos a massagear-lhe a benga; um boquete hidráulico, precário, mas que fosse... Subitamente: TCHIBUM! Tchibum, tchibum, tchibum! Uma turma de rapazes, em algazarra, mergulha na piscina, estragando todo o clima. É então que ele se dá conta de que sua jeba dói de maneira estranha. Enquanto se distraía com suas fantasias, um vácuo foi se formando dentro do cano. E lá estava ele, preso, absolutamente travado, vejam bem a situação. Agrilhoado pelo cacete.
Pulando os pormenores previsíveis que se seguiram (inclusive as precipitosas tentativas de ajuda), ei-lo gemendo semiconsciente, ainda encravado àquela ingrata xoxota improvisada. 50 curiosos vibrando com a cena, dizendo coisas espirituosas e às vezes até compassivas. Impossível resistir ao encanto do momento!.. Fotógrafos de jornais baratos acorrem ao local. Um helicóptero do SBT registra a cena pra um programa apelativo de domingo.
Enfim chega o Corpo de Bombeiros, que é obrigado a quebrar o concreto pra libertar o criativo jovem.
Saiu nos jornais e tudo. Hoje, dez anos depois, ele ainda fatura como garoto propaganda duma bombinha à vácuo, o extensor de piroca X-Tend.