HIPER-OBJETIVO _ Foi uma campanha multi-mídia de incentivo à economia de energia elétrica, encomendada pelo governo da Austrália. O título e slogan da campanha era: “Privada não é só pra cagar!” De quem mais poderia ser esta tirada genial senão de Slayt Blackbirdson, mestre super-premiado do marketing moderno? Ele explica: “Tal tipo de frase cria um efeito que nós, magos da publicidade, chamamos de ‘impacto hiperestésico inquisitivo’, que faz com que a mensagem posterior seja otimamente absorvida.”
A mensagem da campanha era, em suma, a seguinte: “Economize energia _ não toque punheta debaixo do chuveiro.” Na TV, a dramatização da mensagem foi feita, de um lado, mostrando lindos modelos se aliviando na mão (em close parcial), sorrindo e se sacudindo, extasiados, tendo como fundo a tampa da latrina e a válvula de descarga; e, de outro lado, modelos mal aparentados no chuveiro, sacudindo-se com uma expressão doente e antipática, pra depois escorregarem no sabonete e deslocarem a bacia no chão do box. Sonoplastia: pra punheta no vaso, uma musiquinha animada, cheia de gritinhos juvenis fascinados; pra punheta no chuveiro, uma espécie de ópera caricata e distorcida.
Foi através desta estratégia direta e hiper-objetiva que milhões de jovens foram reconduzidos e resgatados à antiga tradição da prática auto-erótica (punheta) no assento sanitário. O consumo de energia elétrica doméstica foi reduzido em quase 40% em apenas 2 meses!
HIPER-ANTI-PROFISSIONAL _ É o dentista que implanta, secretamente, uma bolinha de açúcar numa obturação do cliente mau-pagador, pra retirá-la só no dia em que este lhe pagar a última parcela do tratamento.