O bela dama gorda, que anda pelos bosques a noite
O que será que queres com essas saias curtas?
Estarás a procura de um pretendente?
Ou apenas de uma diversão passageira
Com rapazes vorazes para mostrar suas forças.
Ó bela dona gorda, por que fazes isso?
Provocar o desejo alheio e depois renunciar
O que pretendes fazer agora, com sua fome enorme?
Engolir o mundo e soltar os pedaços ao longe?
Não sabes responder, pois suas formas globais não deixam.
És a o barril de vinho da taverna, onde todos bebem
Sem pudor nenhum de mostrar suas vergonhas ao dia
Dá ao peito a quem é de direito, a não foges a luta
É bela dama feia e gorda, nunca irás casar
Nem com o belo cavaleiro de roupas azuis
Que faz de sua espada, a faca perfeita
Nos dias de festas e as carnes de javali.
Não satisfaz suas vontades pervertidas e maldosas
És apedrejadas a cada canto que passas
Sua reputação não é das melhores, nem exemplo
O bela dama feia, gorda e velha, digna de pena
Não se maltrate assim, não é preciso fazer isso
Deixa sua avantajada cabeça pensar
Ou já perdestes o dom de pensar?
Achas que não, mas é o que parece , bela gorda
Deixe os anos passarem e sua pele ficar mas argilosa
Perceberás que não poderá desfrutar das alegrias
Que antes fazias e gozavas em demasiada euforia
Sua época de outono chegou e o inverno logo chegará
Com seu corpo imenso e pesado no mármore gelado
É bela dama gorda, sente-se e tome um café.