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Humor-->Flertar, coisas da juventude -- 21/07/2002 - 11:25 (Arthur Nogueira Lazaro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Flertar, coisas da juventude


A vida é complicada e engraçada
Dois é igual a um mais um
Ela estava sempre animada
Ele apenas mais um no mundo
Se encontraram em uma sala
E a convivência se engrenava
Tudo normal. Amigos da irmandade
Ela demonstrava ser muito ativa
Era popular na sua tribo descolada
Ele com seus amigos e suas piadas
Fingindo o que as vezes não era
Passava uma imagem de largado
Para todos mais um cara engraçado
E ela achando tudo aquilo um barato
E combinaram de se encontrar
Bater um papo, ver o dia passar
Ele era meio místico, bruxo
Pastor, sindicalista e Deus
Acendia uma velas e chamava
Uns espíritos que, geralmente se
Resumiam a fumaça de queimada
Ela já era de bem com a vida
Festejava o dia com festa
Esbaldava alegria e vendia um
Pouco de humor aos perdidos
E se acharam por acaso
Quando o que procuravam
Eram eles próprios
Ela estava linda, com uniforme
Tinha acabado de sair da escola
Ele estava produzido
Com seu chinelo de dedos do Timão
Um bermudão e uma camiseta
“Viva Bob Marley” e um ramalhete de flores na mão
ela estava com um sorriso enorme, porem não se sabia se
era por ele ou pelo fato do estilo
“Seja você mesmo” e sentaram-se
Ao jardim das praças dos pombos
Falaram sobre coisas da vida
Sendo que ela teve seus momentos de enrolação
O cara era tudo, menos direto
Queria o que? Trabalhava no Eletro
Enrolador profissional, e vendia churrasquinhos
Nas horas vagas para pagar seus sons
Ela não, era linda, fazia ADM
E achava toda aquela lorota um barato
Mas o cara não achava mais assunto
Então, decidiram se beijar
Não havia mais o que fazer mesmo
E ficaram desse jeito até o dia chegar
Tudo porque o cara não podia se levantar
Coisas hormonais de encabulação
E depois no outro dia veio a decisão
Decidiram de comum acordo se apaixonar
E tudo parecia parecia estar normal
Nas tardes de Domingo ele ouvia
Contos do pai que voltara do Vietnã
Perturbado. Bom vocês sabem, essas coisas de guerra
Histórias como meter os pés pela cabeça
Comer o próprio catarro em dia de chuva
Essas histórias românticas de casal.
E os dois sempre ali, juntos
Ele agora estava na loja
Vendia seu churrasco e
Trabalhava ainda , desde então em um bingo
Pra guardar um dinheiro
Ela ainda estava estudando
Mas os planos estavam feitos
Um ano e as escovas se juntariam
Nada mais esperançoso, tudo as dez
Mas como uma luz que cega
E ele , muito crente nas crenças
Junto com o espírito da fumaça
Da comida queimada, chegou a noite
E lhe abriu a mente, imagens
Um cara de terno, gravata e careca
Trabalhando em um escritório
Mas, e a fumaça da churrasqueira?
As promoções e os prazos de garantia?
E o pior, o que seria dele sem sacanear
E rir um pouco dos velhos no bingo
Em um belo Sábado a noite?
Mas o carinha estava pronto para o sacrifício
Largaria seus churrasquinhos e se assim fosse
E engordaria com as latinha de cerveja
Que sua futura esposa te daria
Nos dias de Domingo durante os jogos do Timão
Haviam marcado o casório para dezembro
Mas ela engravidou antes e com medo do pai veterano
Se casaram mais cedo
E que bela bimbada, foi quadrigêmeos
E o mundo desabou sobre eles
Brigas e intrigas giraram sobre eles
Quem lavaria? E quem secaria?
Todos aqueles pratos futuramente? Isso era uma questão
Quase de Estado, tão fundamental, que ele
Chegou a dormir algumas noites na companhia
De seu inseparável amigo Bingolin, o cão esperto
Mas tudo aprecia estar bem
Mesmo com os problemas, eles se gostavam
E era isso o que importava , nada mais era obstáculo
O tempo passa, os filhos crescem
E os dentes caem, na verdade algo mais também
Caem em definitivo
Calmos em seu cantinho , os pombinhos
Curtem o resto de suas vidas
Ele a ama mais do que nunca
Ela acha tudo isso um barato
Mesmo que os problemas sejam incomodo
Eles venceram tudo o que pôs como obstáculo
Hoje ele é um aposentado que ama sua mulher
Mais do que tudo no mundo
Faz parte de um grupo de nome: “A terceira idade no Bingo”
Que ele mesmo fundou
Tem problema de impotência e fez uma tatuagem no braço
O nome de sua amada
Ela acha tudo isso um barato
Também ama muito seu marido
Até hoje não aprendeu a cozinhar e tenta de qualquer forma
“levantar o astral do maridão”
O que podemos concluir de tudo isso?
Os opostos se atraem , com certeza
E se não achamos uma conclusão sobre isso
Só nos resta dizer: “O que não tem explicação, Deus quis!”, certo?


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