Após essa notícia da suposta aparição de Valdemarte, Larry não teve mais sossego.
Toda hora passava alguém pedindo na sua porta, e, mesmo sendo "tarde" da noite, Larry se via obrigado a toda hora dar a mesma desculpa:
- O dono da casa não tá aqui agora não.
O que não deixava de ser verdade...
Quando finalmente pararam, tentou dormir mas não conseguiu. Assistiu ao horário eleitoral inteiro e nem assim "pegou no sono". Tomou café, pó de guaraná e Red Bull, mas mesmo assim continuou acordado.
Só conseguiu dormir depois de usar o método "então vou estudar".
Durante o sono teve vários pesadelos onde Valdemarte aparecia vestido de mulher e dava em cima dele. E o pior é que em alguns pesadelos Flickwit estava junto, e também se insinuava para ele!
Foster acordou várias vezes assustado, suando muito e com o coração "disparado na liderança com uma cabeça de vantagem sobre o segundo, vão agora se aproximando e CRUZAM a faixa final!"
É... hehe... foi mal, empolguei.
Na manhã seguinte, o garoto Larry acordou novamente com aquela maravilhosa sensação inexplicável na cicatriz. Aquilo era realmente bom, mas ao mesmo tempo o lembrou que sempre que isso ocorria, algo extremamente ruim acontecia com ele pouco tempo depois.
Tomou seu café da manhã com sucrilhos*¹ tranquilamente, indo logo em seguida preparar-se para o jogo contra a equipe Softwerina, de Draco Malfeyto.
*¹ - homenagem ao de la*²
*² - de la(leia "dêlá") é um cara que também foi no acampamento do cfr*³ e não parava de falar que a primeira coisa que iria fazer quando chegasse em casa seria comer sucrilhos
*³ - curso preparatório de oficiais extremamente habilitados para missões especiais e secretas
Colocou o uniforme enquanto escutava "Justinimilson Marcos" em seu "quarto".
Lembre-se que a casa só tem um cômodo, e portanto, cozinha, quarto, sala de musulação, salão de festas, sala de jogos, quadra de tênis, piscina, etc, estão todos no mesmo lugar.
Terminou de arrumar-se, clocando sua "samba-canção da sorte". Arrumou suas coisas, pegou sua Cúmulus-Nimbus 2000 e foi saindo. Trancou a casa, escondeu a chave embaixo do tapete e foi em direção ao estádio.
No caminho encontrou com Roni e Heremita, ambos do seu time, e foram juntos.
- Você está nervoso Larry? perguntou Roni.
- Um pouco. respondeu Larry, com as pernas bambas. Sabem... é que ontem eu vi no noticiário que Valdemarte estaria por perto.
- Calma Larry, Bubbledore vai estar no estádio, e com ele lá você não tem com o que se preocupar.
- É, tomara...
Chegaram ao estádio e reuniram-se com o restante da equipe, dirigindo-se para o vestiário.
Lá, falaram sobre o jogo, comentaram novas táticas e ainda deram um "montinho" em um dos irmãos do Roni.
Foram para o campo após a conversa começar o aquecimento.
As arquibancadas estavam lotadas, com "gente" por todos os lados. Em uma metade estava a torcida da Grãfinória, na outra a torcida da Softwerina, na terceira os seguranças e na última os convidados de honra.
Entre os convidados, estavam: a "Branca de Escritório", Dengoso, "Nervoso", Atchim, Cecília*¹, Mestre, Dunga e Mauro Silva. Todos na primeira fileira e torcendo para a Grãfinória.
*¹ - é uma menina que já foi da minha sala e que tem o apelido de Soneca. Quem conhece sabe o porquê...
Na segunda, o "Bicha-Papão" não parava de jogar pipoca no "Abominável Homem de Ribeirão das Neves". Habbit estava pouco atrás, ao lado de Bubbledore.
Os times se preparavam e faziam o aquecimento enquanto as últimas "pessoas" chegavam e acomodavam-se.
No placar pseudo-eletrônico, estavam sendo colocadas placas, que diziam que Carnival havia vencido Upa-Upa, mas o resultado desse jogo não fazia a menor diferença, pois o jogo que decidiria o campeão seria entre Grãfinória e Softwerina de qualquer maneira, uma vez que as duas equipes possuíam duas vitórias.
No placar ainda apareciam alguns anúncios: "Pirulitos Superbonder, esses não vão sair da sua boca", "Supositórios Xaolim. Yaaaaaaauuuu!!!" e "Tênis Montreal, porque você é POBRE, porra".
Ao apito do juíz, o jogo começou.
Softwerina ganhou no "palitinho" e escolheu começar com as bolas. No bom sentido, claro.
Em compensação começou de frente para o sol.
Draco, apanhador da Softwerina, pediu a um dos rebatedores que mandasse um estardalhaço na direção de Larry, que estava distraído. Felizmente, Roni percebeu e defendeu a tempo.
Os rebatedores dos dois times mandavam ver para cima dos jogadores adversários, mas até o momento ninguém havia sido queimado.
Larry estava só analisando o jogo, esperando queimarem o jogador que escondia o Pomo de Couro.
Numa jogada rápida da Softwerina, um dos irmãos do Roni foi queimado, e adivinhe o que estava com ele...?
Isso mesmo! Uma maçaneta assassina de Kombi.
???
Bom, largando de lado a demência do narrador e voltando à história...
O time da Larry continuava apenas na defensiva, e com um rebatedor a menos, ficava ainda mais difícil recuperar o estardalhaço, que ficou um bom tempo passando de um lado para o outro. Do cruza para os rebatedores da Softwerina.
Entretanto, Heremita pegou a Gaules e quase acertou o goleiro adversário. Caso este não tivesse abaixado-se para pegar sua chave de casa, com certeza teria sido acertado.
O jogo continuava tenso, e retornou à igualdade após um dos rebatedores da Softwerina ser queimado.
Larry estava esperando apenas o seu momento quando viu algo terrível nas arquibancadas: dois homens se beijando.
- Blargh! Que nojo! Que coisa horrorosa! Isso foi mais feio que meu *** de óculos!
Distraído, Larry não viu o estardalhaço vindo com tudo em sua direção, e só percebeu quando estava sendo atingido...
Tudo começou a girar, sua vida passou rapidamente como num filme e... não, ele não morreu com isso não. Até seria legal matar o personagem principal, mas aí a história perderia completamente o sentido. É, agora eu entendo porquê não matam o personagem principal nos filmes e desenhos...
Inconsciente, Larry nem viu que saiu de campo carregado de maca após o jogo ser interrompido.
Draco comemorava e dizia a todo instante que a vitória deveria ser dada ao seu time, uma vez que não haviam reservas.
Porém, entretanto, todavia, contudo, um dos médicos achou o alien*¹ de Larry, que também estava desacordado, e disse que tratava-se do "da cabeça", e que possivelmente fora acertado com a bolada.
*¹ - nosso corpo é controlado por vários aliens, sendo que cada um controla uma região. Teoricamente, se o "da perna" morrer, você perde a perna. Digo teoricamente porque, com a evolução da tecnologia e as maravilhas do mundo moderno, já é possível realizar um transplante de alien, desde que esse seja compatível e os aliens do receptor não o rejeitem.
Após a reanimação cardio-respiratória do alien de Larry, o jogo recomeçou.
A Gaules, ainda com Heremita, foi lançada(por ela) em direção ao goleiro, mas este desviou-se, fazendo a bola acertar o juíz, mas como este é de uma insignificância quase total para o bom andamento do jogo, este(o jogo), continuou normalmente.
Larry estava ainda recuperando-se da bolada, quando, em sequência, dois rebatedores do seu time foram queimados, restando apenas uma das garotas "sem importância na história" como rebatedora.
No seu time, portanto, restavam ainda ele(o burro vai na frente), Roni, Heremita e essa garota.
Éram apenas quatro do seu time contra seis da Softwerina, e até o momento nada do pomo.
Foi quando a garota sem importância passou a ter importância, uma vez que queimou o jogador que possuía o Pomo de Couro.
Este, ficou com Draco Malfeyto, que correu até a linha separatória dos dois campos e jogou com toda a força na direção de Heremita.
Porém, "toda a força", no caso, não representa quase nada, devido à fraqueza de Draco, o que facilitou a interceptação do pomo, feita por Roni, goleiro da equipe.
Este, passou o Pomo para Larry que dessa vez não pensou duas vezes... jogou-o no chão com força, espatifando-o.
Havia uma carcaça protegendo um pequeno alien, que acabara de ser morto por Larry.
A família do pobre alien, que encontrava-se na arquibancada, levantou faixas improvisadas com os dizeres: "Larry Foster assassino dos povos!", "Viva a resistência do povo Afegão!" e "Fim ao Imperialismo!".
Bom, se você não entendeu é porque possivelmente nunca prestou atenção às diversas frases escritas nos muros no caminho para o centro, passando pela avenida Antônio Carlos.
O jogo foi novamente interrompido, agora para a substituição do Pomo. Quer dizer, do alien.
Após a reposição do mesmo, Larry foi informado do valor que deveria pagar pelo pomo e da indenização que deveria ser paga para a família. Em seguida o jogo recomeçou.
Larry, dessa vez como uma pessoa normal, direcionou-se para acertar o cruza da Softwerina, mas no momento em que ia jogar o pomo, o fez desequilibrado por ter que se jogar no chão para desviar de um estardalhaço.
O jogo começava a ficar chato, e a torcida começava a ir embora, quando Larry viu algo que o fez sentir-se bem melhor: a calcinha da garota sem importância mas que passou a ter importância após acertar o rebatedor que escondia o Pomo de Couro.
Larry levantou-se, e, animado com a "visão", recuperou o pomo rapidamente e partiu para o ataque.
Com um "jogo de corpo", tirou Draco de seu caminho.
Jogou o pomo para o alto e ainda teve tempo de lembrar dos desenhos de "ursinhos cor-de-rosa" na peça de roupa íntima da garota, antes de rebatê-lo com tudo na direção do cruza adversário.
Em vão. Destraiu-se demais com os "ursinhos" e não fez uma boa pontaria.
O até então garoto, começou nesse momento a fazer as suas "trapalhadas por causa de uma mulher", o que só tende a piorar com o tempo...
Não que eu esteja criticando as mulheres, longe disso. Afinal, fora Simpsons(que por sinal parou de passar no SBT*¹), não existe nada melhor que mulher. Aliás, Simpsons é melhor que mulher?
*¹ - bom, o SBT parou de passar Os Simpsons, mas um canal que pára de passar CHAVES sem mais nem menos definitivamente não merece meu respeito*².
*² - quem me vê "falando" assim até acha que meu respeito é algo de grande importância para um canal de televisão*³.
*³ - e quem me vê falando assim, até acha que é apenas para os canais de televisão que meu respeito não tem qualquer importância.
Bom, largando de lado os comentários sexualmente incorretos do narrador e voltando à história...
Ao errar o cruza da Softwerina, Larry entregou o pomo automaticamente para Draco.
Esse, que ao contrário do personagem pricipal não estava distraído, jogou o pomo na direção de Heremita, que estava estática...
Algo nas arquibancadas a deixou chocada, a ponto de não se mexer e esquecer do jogo.
Um garoto estava judiando de um pequeno lemingue, rodando-o pelo rabo.
Duas coisas: existem lemingues grandes? Lemingues têm rabo?
Aliás, uma terceira pergunta: ALGUÉM AÍ SABE QUE RAIO DE ANIMAL É UM LEMINGUE???
Como a resposta mais provável para a terceira pergunta é "não", as outras duas nem precisavam ser feitas.
Bom, largando novamente de lado os pensamentos ecologicamente incorretos do narrador(que por sinal tem sérios problemas psicológicos), voltamos à história no momento em que Heremita foi acertada, concretizando com isso, a vitória da Softwerina e a consequente derrota da Grãfinória...
Quando de repente, o ar começa a ficar mais pesado e mais quente.
Bom, mais quente eu até posso aceitar, mas mais pesado? Como a ar vai ficar MAIS pesado? Como vai ficar PESADO? Como o Asa de Arapiraca vai ganhar do Palmeiras? Como nosso herói vai sair dessa? Como as mulheres conseguem passar tanto tempo experimentando roupas e mentir discaradamente ao dizer que "é pra ficar bonita pra vocês, seus ingratos", uma vez que várias delas já admitiram que na verdade é pra terem certeza de que estão mais bonitas que as outras e estas vão invejá-las?
Já que não temos as respostas, vamos voltar ao momento em que o ar ficou mais "pesado" e quente.
Sabe aquela hora do "Goldzila" e do "Parque dos Yodas"*¹, que quando o "monstro" está se aproximando, a água que está nos copos começa a mexer? Pois foi exatamente isso que ocorreu.
Começaram a ouvir um barulho, como se algo gigantesco se aproximasse. O pânico começava a tomar conta das "pessoas" na arquibancada. Algumas corriam desesperadas para as saídas, outras tentavam desesperadamente acabar logo seus jogos de xadrez, e outras pediam para o garçon que acelerasse seus pedidos.
*¹ - sim, estou falando do filme Parque dos Dinossauros, mas se você, leitor, não for o Igor ou o Davidson, possivelmente não verá qualquer graça nisso. Se é que ELES vão achar isso engraçado.
Foi quando o barulho parou, a movimentação terrestre também cessou e o ar voltou ao normal.
Nesse momento, entra no estádio um garoto, com mais ou menos dez anos. Tratava-se do terrível "monstro-malévolo-repetidor-muleke-chatão-irmão-do-cardoso-testador-de-paciência".
Todos se voltaram para ele, ansiosos, esperando algo...
- Ah! Ah! Oi! Oi! Mamãe, faz meu leite! Mamãe, faz meu leite! Tum! Tum! Quanto tá o jogo? Quanto tá o jogo? Alguém me responde! Quanto tá o jogo? Mamãe, faz meu leite! Alguém me responde! Quem tá ganhando? Quanto tempo falta? Cadê minha Caloi? Quanto tá o jogo? Oiii! Ahhh!
Todos estavam perplexos, não conseguiam nem ao menos se mover e esqueceram completamente do jogo que estava acontecendo. Até os jogadores estavam "chocados e estarrecidos" com o "muleke", que não parava.
O tempo no estádio dividiu-se em dois. Antes e depois do garoto.
Este, insistia nas perguntas repetidas várias vezes, na encheção insuportável de saco.
Imagine a situação: um garoto que praticamente só fala gritando, repetindo as perguntas que faz e acrescentando outras ao repertório, gritando, enchendo...
AHhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!
É por isso que eu já dediquei meu "troféu paciência" ao cardoso, afinal, ele aguenta isso todos os dias.
O garoto continuava anchendo o saco de todos no estádio, quando algo surpreendente aconteceu.
Aquele-que-não-deve-ser-nomeado-mas-em-todos-os-casos-se-chama-Valdemarte apareceu atrás do garoto e puxou sua cueca até a cabeça(isso é possível?).
Não se sabe isso foi legal, afinal, feria os direitos de cidadão do "garoto", as normas de boa conduta da vizinhança e ainda tratava-se de Valdemarte. Mas em todos os casos, havia feito o garoto parar.
Nas arquibancadas houve um misto de horror e alívio entre todos. Talvez até mais alívio do que horror.
Alguns pensaram em correr, outros em bater no garoto e alguns sequer pensaram.
Enquanto o garoto era espancado em um canto, Valdemarte aproximou-se do Alan*¹ e gritou:
*¹ - alaNbrado. Que piada ridícula, niguém sabia que era isso. Dãããã.*²
*² - isso foi o narrador "zuando" sua piada humorísticamente incorreta.
- Larry Foster! É você que eu quero!
E a torcida, em coro:
- Hummmmmmmmmmm!!!
- No bom sentido, claro. Quer dizer, eu vou te matar, então não sei se isso seria um bom sentido não. Pelo menos pra você, não.
- Peraí seu "Valdemar", rapidão. Ô narrador, ele pode me matar? Eu sou o personagem principal!
Bom Larry, poder ele até pode, porque o criador*¹ poderia colocar isso na história só pra depois reviver você, aliás, ele até já fez isso. No "Larry Foster 07" ele te matou, e no "Larry Foster 07+1" ele te fez retornar à vida. Então nada impede que ele o faça de novo. Mas como uma pessoa criativa, descolada, esperta, e cheia de idéias inteligentes e engraçadas que ele é, não acho que vá repetir isso.
*¹ - eu
- Valeu. Ô senhor Valdemarte, má notícia.
- Que foi?
- É a sua mãe.
- Quê que tem a minha mãe?
- Bom, sabe o seu gato? Ele subiu no telhado...
- E daí? Gatos sempre sobem no telhado!
- É, mas o problema é que ele ficou preso lá...
- E...?
- E sua mãe subiu no telhado, pra tentar tirá-lo de lá.
- E daí?
- Daí que sabe como é né? Telhados são escorregadios, e ela caiu lá de cima.
- Ah, era essa a notícia? Pensei que fosse algo importante...
Pô gente, ele é o vilão né? E vilão que se preze tem mais é que ser mau. E esse aí é mau tal qual uma "quina de mesa". Você não acha as quinas tão más assim? Pois no dia em que bater o "espaço entre seu mindinho e o dedo do lado do mindinho do pé" em uma quina, aí vai ver o que é realmente mau...
Um garoto que passava atrás de Valdemarte nesse momento, esbarra nele, que cai da arquibancada para o campo.
A torcida inteira observa a queda e em seguida começa a vaiá-lo.
- Uuuuuuuuuuuuuuh! Quem tem medo do Valdemarte, Valdemarte?
- Machucou? pergunta Larry Foster.
- Claro que não. Meus movimentos são friamente calculados. E deixa de conversa Larry Foster, vamos duelar!
- Só uma pergunta antes: por quê nós vamos duelar?
- Não se faça de besta. Se bem que eu acho que você não precisa fingir isso não...
- Como é?
- Nada. É a pedra filosofal que eu quero. E você vai me entregá-la!
- Pééééééééé(isso é o Larry imitando o som de uma campainha -quando uma participante erra- de programa de tv onde duas equipes disputam o que quer que seja)!!! Agora você boiou, porque a pedra não está comigo.
- Ora essa, pra cima de mim sua raposa ardilosa do deserto? Pode até ser que ela realmente não esteja, mas se estivesse você diria? Se é que não está...
- É, eu não diria mesmo.
- Então? A única maneira de resolvermos isso é duelando.
- E se eu não quiser?
- Eu te mato.
- Como é que nós vamos duelar mesmo?
- Se você adivinhar, eu te dou uma das espadas de esgrima que está aqui nessa maleta e fico com a outra.
Nisso Valdemarte abre a maleta que estava com ele, e dela retira duas espadas de esgrima.
- O que é isso?
- São espadas de esgrima. Dã!
- Isso eu sei, mas, que duelo mais ridículo!
- Quer vir dar aula aqui na frente, no meu lugar?
- Não...
- Então não reclama.
Então, os dois, cada um com sua respectiva espada, preparam-se para iniciar o duelo.
Valdemarte marca com um giz, no chão do campo, um espaço onde ocorreria a luta. Quem saísse do espaço estaria automaticamente deslassificado. Se bem que a luta só terminaria realmente quando um dos dois não tivesse mais condição de lutar, portanto essa marcação era bem teorica.
O juíz do jogo de tetrisbol, dirigiu-se então aos dois:
- Bom, eu quero uma luta limpa. Golpes abaixo da linha da cintura estão liberados. Dedo no olho e soco na panturrilha também estão valendo. Morder a orelha só se estiver perdendo, certo?
Ao sinal de positivo dos dois, o duelo começa.
Valdemarte investe contra a barriga de Larry, que por sua vez apenas desvia do golpe e contra-ataca na direção do ombro do vilão.
Este, derruba o juíz com um soco e joga areia no olho de Larry, que, sem visão, começa a rodar a espada e acerta o joelho de Valdemarte. Ele cai no chão após o golpe, mas aplica uma rasteira no garoto, que também vai ao chão.
À partir daí a luta parece mais uma briga de rua do que qualquer outra coisa. Se é que estava parecendo um duelo sério até agora...
Com os três no chão, o juíz começa a contagem. Ao perceberem isso, os dois param de brigar e nocauteiam o árbitro.
Voltando para a luta, Valdemarte desarma Larry Foster com um movimento lento de espada.
Sem opção e sem arma, Larry Foster aponta para a arquibancada, situada atrás do vilão.
- Pára com isso né? Tá achando que eu sou o quê? Um burro ou uma besta?
- As duas coisas.
- Pois se engana. Não vou olhar pra trás e deixar você escapar e...
Nisso, o juíz acerta um soco na orelha de Valdemarte, que cai desacordado no chão.
Larry, assustado, pede calma ao juíz, e diz que não fez nada, que quem o nocauteou foi Valdemarte.
- Calma, eu posso explicar. Não foi nada disso que você está pensando...
E quando o juíz estava perto de espancar Larry Foster, algo o fez parar. Uma luz amarela intensa contornava-o e uma luz idêntica saía do bolso do garoto.
Larry colocou a mão no bolso e encontrou seu master card. Porém não era dele que vinha a luz. Mais ao fundo do bolso estava algo estranho, que ele não lembrava de ter deixado alí. Era seu patinho de borracha da sorte. E era dele que estava vindo aquela estranha luz.
Larry ficou sem entender muito bem o que ocorreu, mas só sabe que depois de algum tempo o juíz voltou ao normal e não sabia o que havia ocorrido.
Bubbledore, que até o momento encontrava-se na arquibancada escondido embaixo de uma cadeira ao lado Habbit, desceu para o campo e falou com Larry:
- Muito bem Larry! Você venceu Valdemarte!
- Não sei como, mas venci.
- Foi a pedra filosofal que te ajudou. Olhe no fundo do seu bolso.
- Mas... mas como isso veio parar aqui?
- Somente uma pessoa que quisesse, mas não soubesse usar é que conseguiria a pedra.
- Ah, claro. Faz todo sentido. Mas e o Valdemarte? O que vão fazer com ele?
- Nós vamos... AHHHHHHHHHHHHHHHHH! Cadê o Valdemarte?
- Fugiu enquanto vocês conversavam, diz Draco, todo feliz.
- E por quê você não o parou? pergunta Bubbledore.
- Eu não. Isso não me importa. O que importa é que eu ganhei o jogo.
- Que jogo? pergunta Larry.
- O jogo de tetrisbol, sua besta.
- Ah...
- E meu time está esperando o troféu e a grana que o campeão tem direito, viu Bubbledore?
Porém, antes ue Bubbledore pudesse pegar o prêmio e o troféu, entram no campo do estádio, dois homens(um negro e um branco mais velho) vestindo terno e gravata pretos, com camisa branca.
Todos no estádio, inclusive os torcedores na arquibancada, ficam imóveis, esperando para ver o que ocorreria.
Os dois então, colocam óculos escuros, tiram do bolso um aparelho prateado e disparam um flash de luz que atinge todo o estádio.
Em seguida, o mais velho diz:
- Tudo bem, vocês não viram nada e não sabem de nada e...
Nisso, o negro o cutuca.
- Tá bom, agora vocês vão pra casa e terão uma vida feliz e agradável.
- E farão sexo assim que chegarem em casa. Apenas os mais velhos, claro. Interrompe o negro. Ah, e as crianças vão brincar na rua e...
- Tá bom Will. Vamos embora.
E o mais velho sai arrastando o outro:
- E os pais não se esqueçam, seus filhos podem comer doces antes do almoço e...
Algum tempo depois, todos no estádio "acordaram" e voltaram às suas vidas pacatas. Inclusive Larry Foster, que foi embora apenas com algumas lembranças estranhas.