Fraulein Gisele Bünchen provocou um forrobodó incrível entre a “comunidade petista”, em um desfile na cidade de São Paulo, por ter mostrado uma foto de Che Guevara em um biquini. Depois do desfile, apaziguados os ânimos petelhos, ela foi convidada para o lançamento de um filme inédito, “Las viudas de Che (As viúvas de Che)”.
Tratada como estrela de primeira grandeza, que realmente é, Fraulein Bünchen foi convidada para sentar entre Lula-laite e Dirceu-harde, na primeira fila.
Assistam o filme com Fraulein Bünchen, apresentado a seguir.
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Festival Internacional de Cinema de Havana – Ano 2000
Vencedor do 1º Prêmio: Las Viudas de Che
Filme luso-cubano-brasileiro em p&v – preto e vermelho, longametragem de 120 segundos.
Produção: Emir Sádico
Diretor: Sérgio Reacende
Assistente de Direção: Frei Beatto
Roteiro: Saramágico (*)
Música: Chico Bê de Hollambra
Câmara: João Eme Malles
Assistente de Câmara: Marcinho Pevê
Assistente militar: Zé Di Ceu
Treinamento de atores: Mister Stedile do Taquari (MST)
Ator: Paulo Setti (como Che)
Atriz: Luz Célia Esse
Figurino: Cecília Coambra
Maquilagem: Marta Suplício
Participação Especial: Fidel Castrus
(*) penúltima magia: esconder um Nobel na manga
Cena 1
(Fade in) Câmara abre em close no rosto de Che Guevara, com sua indefectível boina.
- Hay que endurecer... – diz Che.
(Plano Geral) Tátátátátátátátátátátátátátátá. Começa o fuzilamento de mais 50 condenados, no paredón cubano. Um a um, vão caindo mortalmente todos os infelizes. As novas "viudas" de Che não param de chorar.
Cena 2
Close em um botão de rosa sendo entregue por Che a uma das "viudas". A câmara é erguida até o rosto de Che, que pisca maliciosamente e diz:
- ... pero sin perder la ternura jamás!
A câmara abre para plano geral no cemitério, com uma fila de "viudas" recebendo flores de Che.
Cena 3
(Plano Geral) Che entra no prostíbulo e faz os primeiros "aquecimentos" para montar em uma jinetera – "una viuda de Che".
- Hay que endurecer! Hay que endurecer! – repete Che.
Após alguns instantes, geme a jinetera, com os olhos esbugalhados de tanto gozo:
- Che Vara! Che Vara!
Cena 4
Close no rosto de Che, atingindo o orgasmo e gritando:
- Socialismo o muerte! Hasta la victoria! Siempre!
(Congelamento do grito de Che, em close)
(Fade out)
Rolam os créditos finais com a seguinte mensagem:
"Assim morreu Che. O Exército Boliviano passa a ser acusado de matá-lo, mas comprova-se que os ossos encontrados posteriormente na Bolívia são de um jumento. Os ossos verdadeiros de Che nunca saíram de Cuba".
Nota da Produção: "obra ficcional, qualquer coincidência com a realidade é mera semelhança".
Crítica:
"Enfim, o revival do cinema brasileiro!" (Revista Óia)
"Orgasmaticamente perfeito!" (Arnaldo Jaburu)
Não perca! Em breve, nas telas das principais capitais e em todas as telas de Usina de Letras, com som realplayer, para audição da sonora Kalashnikov: tátátátátátátátátá.
Roteiro impresso pela Editora Titica, encontrado nas melhores livrarias da cidade.
F I M
Copyleft by F. Maier:
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