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Humor-->Explosão felina -- 24/12/2002 - 09:57 (IZABEL ROSA CORREA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A porta abriu-se abruptamente. Entrou. Olhos esbugalhados. Mãos tremendo incontroláveis. Cabelos espetados.
Um silêncio repentino tomou conta da sala. Todos se voltaram para ele. As palavras sumiram. O tresfolegar do rapazola esbraseou o rosto claro. O mau cheiro encheu o ambiente.
- Você esteve na sala de química, Marcelo?
- Não, professor.
- Como se explica esse cheiro de silano e a explosão que ouvimos?
O que dizer? Como justificar o óbvio?
Um frêmito percorreu-lhe o corpo. A voz estridente da magrela na última carteira soou tal qual melodia.
- O gato do diretor sempre entra no laboratório se deixam a porta aberta.
“ Ela adivinhou. O gato ficou lá. Estou salvo.”
- O pessoal da limpeza comprovará isso. Por que o atraso, Marcelo?
Outra vez a língua travada. A boca seca, desprovida de verbos.”Estúpido, pense em algo.” Nada. O estouro, ecoando na cabeça vazia. O tubo de ensaio a saltar da mão.
O som melódico fez-se ouvir, novamente:
- Você não pegou o livro na biblioteca para o nosso trabalho por causa da explosão, não é Marcelo? Deviam proibir a entrada daquele gato no Colégio.
- Sente-se. Vamos reiniciar a aula.
Abre-se a porta. O zelador entra. O tremor volta às mãos malcheirosas. “Descobriram tudo?”
- Retiramos o gato do laboratório. Ele derrubou o tubo e o silano explodiu em contato com o ar. Não houve maiores estragos, Professor.
A prece franciscana brota nos lábios do rapaz. “Meu Deus, peço uma benção especial para todas as meninas feias, magricelas e inimigas dos gatos. Principalmente essa com óculos grossos, pernas finas e seios inexistentes. Bendita, também, a paixão irracional que a faz adivinhar meus passos. Peço para ela continuar me salvando das enrascadas. Amém. Ah! Aproveita e abençoa o gato idiota também!”

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