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Humor-->Ponto dee ônibus são legais... -- 25/01/2003 - 23:08 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pontos E Ônibus




Cada vez mais vejo que há algo de especial na minha "relação" com os pontos de ônibus. Especial que eu digo, tanto pode ser bom quanto ruim. Da mesma forma que sou surpreendido com situações bem interessantes, também sou assaltado várias vezes à espera de um ônibus.

Exemplo: sabe aquele guarda-chuva que você tem, competamente arrebentado, que vira do avesso quando bate um vento e que você precisa ajeitar a armação quando abre? Pois é, tem gente que tem coragem de roubar isso... acho até que se o cara visse o estado do gurda-chuva, em vez de roubá-lo iria me bater pra eu tomar vergonha na cara e parar de andar com uma coisa daquelas na rua. Sério, dava pra comparar meu guarda-chuva com aqueles FIAT s 147, cujas portas abrem(ou pelo menos abriam quando meu pai tinha um) com moeda de um centavo.
Quando o cara tirou da minha mão(eu já estava pra entrar no ônibus), e saiu resmungando qualquer coisa naquela linguagem típica e incompreensível de malako, pensei sinceramente em rir. Apesar disso, consegui me segurar, mas só até quando, já dentro do ônibus, imaginei a cara do sujeito quando abrisse o "guarda-chuva". Coloquei até entre aspas, porque o que ele menos fazia era proteger de chuva.
Em outra ocasião, aguardando o 2004(isso é o número de um ônibus) na Praça da Liberdade, olhei para o outro lado da rua(eu estava no ponto de ônibus, portanto, o outro lado da rua é onde fica a praça) e avistei um policial. Pensei: "bom, posso ficar tranquilo". Mas como "Murphy" não falha comigo, pouco tempo depois, ele(o policial) já havia sumido. Passado algum tempo, tornei a olhar para a praça, e vi duas figuras se aproximando da rua. Dois malakos, por sinal. E dos maus. "Mau" feitos, "mau" arrumados, malfeitores e maus ladrões, como vocês verão a seguir...
Sabe quando você tem certeza de que os malakos vão "em você"(no bom sentido, claro)? Pois é, eu já estava "até vendo"...
Continuei olhando à espera do 2004, quando, já do mesmo lado da rua que eu, um dos dois esticou a mão querendo que eu o cumprimentasse. Olhei para aquela mão, imaginei quantas mutações ela já teria sofrido, em quê teria tocado... enfim, cumprimentei, mas muito contrariado, sendo que o que me fez tomar tal atitude foi ver que já começaria mal a história se não o cumprimentasse.
Ele, para não se tornar exceção, fez uso de algumas letras e sílabas tradicionais dos malakos, das quais a única coisa que entendi, foi algo PARECIDO com "dá um real aí".
Eu disse que não tinha, e normalmente não tenho mesmo, apesar de naquela ocasião estar com mais de dois reais*.

* - Dois reais é a quantia única que dizem que eu sempre tenho...

O outro malako, mais folgado(já perceberam que sempre existe um mais exaltado entre os malakos que tentam roubar alguém?), já veio me dizendo que estava armado e que "não tô pá brincadera não hein!". Coloquei os acentos necessários aqui, mas duvido que existiriam na frase dele.
Continuei a dizer que não tinha e então veio a parte mais idiota do assalto, que quase me fez rir. Já viram que quando alguém tenta te roubar, pede uma quantia qualquer e depois aumenta o pedido, mesmo se você disser que não tem? Pois é, depois de um tempo já estavam me pedindo dois reais e eu continuava a dizer que não tinha.
Sem mais nem menos, um olhou pro outro e decidiram ir embora.
??????
Como assim? Não vão me espancar não? Nem me jogar em cima de um ônibus que esteja passando na rua? Ah, já sei, vão chamar uma turma pra me bater sem dó nem piedade, até a morte não é mesmo?
Não. Eles realmente se foram e não voltaram...
Eu, contente mas ainda muito confuso pra entender como funciona a mente de um malako(se é que funciona), após algum tempo finalmente peguei o ônibus e fui pra casa.

Em outro caso, não sei se posso dizer que foi especial, mas é aquele tipo de situação "já que eu tô sozinho...", mas que se você não contar pra ninguém não tem graça nenhuma. Em um dia, mais uma vez no ponto esperando um ônibus, estava tão distraído que, quando olhei para a rua, vi de relance algo azul se aproximando.
Como já estava esperando há algum tempo, imaginei que pudesse ser meu ônibus e fui em direção à rua para dar sinal... antes fosse um outro ônibus qualquer, como você provavelmente pensou. Mas não, era um caminhão(azul) de gás...
Felizmente eu não cheguei a dar sinal, e acho que ninguém no ponto reparou o que quase aconteceu. Fiquei algum tempo rindo de mim, me sentindo idiota, mas mal imaginava eu que aquele dia me reservava mais risos...
Poderia colocar o que vem agora como um caso especial, pela sua "importância", mas vai junto pois ocorreu no mesmo dia.
Algum tempo depois, dei sinal para o veículo certo, no caso, o ônibus que eu estava esperando.
Entrei e já fiquei puto, porque era o tipo de situação que eu odeio: entrar num ônibus vazio na parte de trás, mas lotado de gente antes da roleta. Além disso, apesar de vazio, sabe quando tem uma pessoa em cada banco, ou seja, nenhum banco completamente vazio para você?
Pois é, tive que escolher do lado de quem eu iria me sentir incomodado.
Logicamente e infelizmente, não havia nenhuma mulher interessante à vista...
O calor e o sol daquele dia conseguiram me desagradar ainda mais, e me fizeram ficar mais atento à espera de um banco "só pra mim".
Passado algum tempo, olhei para o fundo do ônibus e vi que haviam bancos vazios, e, além disso, duas mulheres que, de longe, pareciam pelo menos interessantes. Me parecia um lugar agradável para o resto da viagem, e acabou tornando-se mais do que isso...
Em direção ao lugar, notei que a última fileira de bancos estava toda vazia, exceto pelos dois lugares no canto direito(lembre-se que eu estou olhando para o fundo do ônibus), ocupados pelas duas garotas. Estas aparentavam ter entre 15 e 19 anos.
Sentei a um banco da janela do lado oposto ao delas, também na última fila. Como elas pareceram nem notar minha presença, não prestei muita atenção às suas características físicas.
As duas pareciam completamente concentradas apenas na conversa, o que, somado ao barulho do ônibus, as fazia conversar um pouco mais alto do que o normal. Esse um pouco mais alto me fez prestar atenção a um trecho da fala de uma das duas...
Ah, antes de mais nada, gostaria de dizer que a que estava sentada "mais perto" de mim, estava relativamente virada para a outra, não me vendo e impedindo que a outra me visse.
No tal trecho da conversa, ela disse algo como: "ah, o dele é mais ou menos desse tamanho", e fez um tipo de medida com o espaço entre as duas mãos. Tomara que você tenha entendido isso.
Eu, vendo aquilo, pensei na mesma hora: "não, eu é que sou muito besta. Com certeza não é nada disso... elas podem estar falando do tamanho do do estojo de alguém ou qualquer outra coisa".
Voltei a olhar para a "minha" janela, mas a idéia de que aquela conversa poderia ser interessante me fez voltar a prestar atenção. Isso, somado ao fato de que nenhuma das duas garotas estava me vendo.
Na maior parte do tempo, eu só via as duas rindo, pois por causa do barulho do ônibus eu não conseguia ouvir muita coisa que falavam. Contudo, parece que as melhores partes eu não perdi.
Ah, vale lembrar também que, para a minha sorte, as mulheres(em sua maioria) falam alto por natureza.
Em uma nova fase não barulhenta do ônibus, a número 1(considere como 1 a que falou que "o dele era de tal tamanho" e, como 2, a única que sobra...) contava uma ocasião em que foi tomar banho com "ele". É melhor eu reproduzir as palavras dela para facilitar:
- "Bom, - hihihi - eu entrei primeiro né? Ele entrou pouco tempo depois. Eu olhei a primeira vez e ele(veja que são "eles" diferentes) tava normal(entenda isso como "posição de descanso"). Aí, um segundo depois eu olho de novo e já tá mais ou menos, e dois segundos depois, já tá! - mais risos - É muito rápido!"
Isso seguido novamente de risos...
Bom, eu já tava de cara, e agora tinha certeza de que não poderia ser outro assunto. O que eu fiz? Claro que mudei de lugar para não ficar ouvindo aquela pornografia e... tá, eu passei a prestar ainda mais atenção à conversa. Ah, e nem vem, porque é o que qualquer pessoa normal faria. Eu acho...
Nisso eu já estava rindo até não poder mais, mas não fui muito escandaloso para não chamar a atenção, afinal, a conversa ainda poderia render boas risadas...
Continuei tentando ouvir a conversa, mas "pesquei" apenas fragmentos durante um bom tempo. Porém, uma hora consegui ouvir a número 2 dizer:
- "Ah, mas eu acho muito feio!" e mais risadinhas tíPicas(entendeu?), opa, típicas de mulher.
Bom, até onde meus conhecimentos sobre mulheres vão, esse é o tipo de comentário clássico de mulher quando o assunto é esse mesmo que você também pensou.
Foi então que eu desandei a rir silenciosamente mas de uma forma incontrolável. A número 1, vira e responde:
- "Ah, no começo eu também achava, mas já acostumei!"
Pronto, essa além de tudo já era mais do que experiente no assunto... e eu não me aguentava mais de tanto rir. Sabe aquele riso bobo, meio desacreditado? Pois era bem isso mesmo. Eu não estava acreditando no que estava ouvindo.
Meu ponto já estava chegando, o que me deixou triste, por saber que aquela conversa prometia, e as duas garotas seguiam com comentários típicos desse tipo de conversa como: "olha as amigas que eu arrumo" e "você é besta demais". Todos, logicamente seguidos de risadas.
Imaginei que talvez não fosse vê-las nunca mais, então, ao dar sinal para descer, fui até as duas e:

- Posso fazer uma pergunta?
Nisso, uma olhou pra outra com aquela cara de "ãh?". E eu com um meio sorriso na cara...
- É... pode, mas por quê?
- Só por curiosidade...
A número dois, que estava no canto, pareceu ter percebido que eu ouvi a conversa e meio que tentou esconder a cara, que me pareceu envegonhada. Eu continuei:
- Qual a idade de vocês?
- 19, mas por quê?
- Por nada... por nada...
Quando ela me disse isso, eu ainda fiz uma cara de "é, elas não são tão novas. Já até estão na idade disso...", mas não sei se acreditei muito não, pois elas aparentavam ter no máximo uns 17. Se bem que parecer não quer dizer nada também, mas...
Só sei que desci do ônibus e cheguei em casa com um largo sorriso de um lado a outro do rosto.
De tempo em tempo, eu ainda me pegava rindo "sem motivo" e pensando "a que ponto chegamos?".
Por essa e por outras é que cada vez mais eu tô de cara com as mulheres de hoje. Começam cada vez mais cedo e ficam cada vez piores. Se bem que eu acho isso(em termos) até melhor...


Bom, é claro que esse tipo de pensamento é apenas uma brincadeira, afinal, todo mundo tá cansado de saber que quando estão sozinhas, as mulheres falam mesmo. Eu só não achava que era dessa maneira nem com tantos detalhes...
Agora eu fico imaginando como é que as mulheres com quem eu já tive algum relacionamento falam de mim pras outras e é por isso que eu digo: é sempre importante, mesmo que seja só pra uma vez, causar uma boa impressão. Sabe-se lá pra quem ela vai contar né...
Ainda bem que, pelo menos eu acho, nunca desagradei nenhuma mulher, se é que vocês me entendem...



Bruno Marcão
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