Então, a operação foi um sucesso internacional, sairei nas capas das revistas relaxando na Ilha de Caras depois disso tudo......foi tranqüilo, o foda foi que fiquei 2 horas no quarto esperando me chamarem, minha barriga doía e eu suava um pouco, admitirei que estava um pouco nervoso, mas é normal, logo me pegaram, eu deitado na maca peladão, na verdade com um avental ridículo mas tudo bem, como dizia nosso filósofo contemporâneo Kleber Bam-Bam, FAZ PARTE, mas aí sim começou meu martírio, me largaram na sala cirúrgica, aqueles aparelhos me olhando como seu eu fosse um extra terrestre, e eu peladão, com a porta da sala aberta e o médico não vinha, e enquanto isso, umas 15 pessoas circulavam nos corredores vendo meu dito cujo livre leve e solto, como eu vim ao mundo, foi traumático, e de vez em quando, acho que percebiam meu desespero e desconforto momentâneo, na verdade mesmo, perceberam um certo pânico incontrolável em meus pés com uma meinha horrível que me deram e um gorrinho mais para chef de cozinha cearense e pescoçavam para dentro da sala e perguntavam cinicamente: _tudo bem aí??? O médico já vem vindo!!! Ah, meu Deus, eles mentiam para mim, o médico nunca vinha, ele demorava, ele enrolava, e aqueles aparelhos de medicina tipo: moderna cada vez maiores, me engolindo, e sempre, acredite em mim, sempre alguém metia o pescoção para dentro, eu com meu dito cujo a mostra perguntavam como se eu estivesse em meu escritório de terno e gravata: _tudo bem por aí campeão??? Só faltava me oferecerem um cafezinho e dizer que a reunião as 11 fora cancelada, mas tudo bem, sou um cara forte, eles mesmo me chamavam de campeão de 5 em 5 minutos, e na verdade meu campeão é que estava ali a mostra, a vista de todos e todas que ali passavam como se o tal do meu dito cujo fosse o Pão de Açúcar ou uma obra arquitetônica que se pode ser admirado ou simplesmente olhado.