1. Eclodiu uma ferrenha luta por classificação de cargos entre os animais. Na falta de um árbitro, disse o corcel: "Deixemos que o homem nos analise e nos avalie, ele não é nenhuma das partes litigantes e, por isso, pode ser imparcial."
"Mas ele entende também de plano de cargos pra bichos?" Perguntou uma toupeira. "Realmente, é necessário que o escolhido reconheça profundamente o que devemos e o que podemos fazer, e saiba especificar bem nossos conhecimentos e habilidades, segundo o planejamento estratégico da Natureza, nossa missão e nossa visão de futuro."
"Isso foi muito sabiamente lembrado!" Disse o hamster.
"Muito bem!" Exclamou, também, o ouriço. "Eu nunca acreditei que o homem possuisse preensão e percepção suficientes para tanto."
"Calem-se!" Ordenou o corcel. Nós já sabemos: quem não prima nem um pouco pelo que faz, é sempre o mais gordo de todos e, com sua proverbial perspicácia, o analista não terá dúvidas para classificá-lo."
2. O homem foi designado para analisá-los.
"Mais uma pergunta," exclamou o leão para ele, "antes que você nos classifique. Segundo qual critério, homem, você pretende nos avaliar?"
"Qual o critério?" Retrucou o homem, "Sem dúvida, no meu sistema de avaliação, o que mais prevalece é o grau de utilidade de cada um."
"Excelente!" Ironizou o ofendido leão. "Nesse seu sistema, então, eu valeria bem menos que um burro! Você não serve para ser nosso analista! Casque fora deste comitê!"
3. O homem se mandou.
"Então," disse a desdenhosa toupeira — com inteiro apoio do hamster e do ouriço — você vê, corcel?" O leão também acha que o homem não pode ser nosso analista. O leão pensa como nós."
"E com boas razões como vocês!" Disse o leão, e lançou neles um olhar de desprezo.
4. O leão continuou: "Essa briga por hierarquia entre executivos, se eu me lembro bem, é uma disputa desprezível! Vocês podem me dar como o mais refinado ou o mais modesto; dá na mesma pra mim. "Eu sei muito bem o que devo e o que posso fazer! Sei também o que sei e em quê devo aperfeiçoar meus conhecimentos e habilidades!"
E, assim, ele abandonou a reunião.
Com ele foram-se o sábio elefante, o corajoso tigre, o importante urso, a astuta raposa, o nobre corcel e, aos poucos, todos aqueles que se prezavam ou achavam que sabiam o que sabiam e que faziam o que deviam e o que podiam.
Por último, frustrados com a alta classificação que desejavam ter, foram embora o macaco e o burro, murmurando sobre suas valiosas serventias.
Realmente,"bicho", nesta Era do Conhecimento, o trabalhador-ferramenta não tem vez. Vamos estudar, "bicho"!
1.Es entstand ein hitziger Rangstreit unter den Tieren. Ihn zu schlichten, sprach das Pferd: "Lasset uns den Menschen zu Rate ziehen, er ist keiner von den streitenden Teilen und kann desto unparteiischer sein."
"Aber hat er auch den Verstand dazu?" ließ sich ein Maulwurf hören. "Er braucht wirklich den allerfeinsten, unsere oft tief versteckten Vollkommenheiten zu erkennen."
"Das war sehr weislich erinnert!" sprach der Hamster.
"Jawohl!" rief auch der Igel. "Ich glaube es nimmermehr, daß der Mensch Scharfsichtigkeit genug besitzt."
"Schweigt ihr!" befahl das Pferd. "Wir wissen schon: wer sich auf die Güte seiner Sache am wenigsten zu verlassen hat, ist immer am fettigsten, die Einsicht seines Richters in Zweifel zu ziehen."
2. Der Mensch ward Richter.
- "Noch ein Wort", rief ihm der majestätische Löwe zu, "bevor du den Ausspruch tust! Nach welcher Regel, Mensch, willst du unsern Wert bestimmen?"
"Nach welcher Regel? Nach dem Grade, ohne Zweifel", antwortete der Mensch, "in welchem ihr mir mehr oder weniger nützlich seid."
"Vortrefflich!" versetzte der beleidigte Löwe. "Wie weit würde ich alsdann unter den Esel zu stehen kommen! Du kannst unser Richter nicht sein, Mensch! Verlaß die Versammlung!"
3. Der Mensch entfernte sich. –
"Nun", sprach der höhnische Maulwurf - (und ihm stimmten der Hamster und der Igel wieder bei) -"siehst du, Pferd? Der Löwe meint es auch, daß der Mensch unser Richter nicht sein kann. Der Löwe denkt wie wir."
"Aber aus bessem Gründen als ihr!" sagte der Löwe und warf ihnen einen verächtlichen Blick zu.
4. Der Löwe fuhr weiter fort: "Der Rangstreit, wenn ich es recht überlege, ist ein nichtswürdiger Streit! Haltet mich für den Vornehmsten oder für den Geringsten; es gilt mir gleichviel. Genug, ich kenne mich!" - Und so ging er aus der Versammlung.
Ihm folgte der weise Elefant, der kühne Tiger, der ernsthafte Bär, der kluge Fuchs, das edle Pferd, kurz, alle, die ihren Wert fühlten oder zu fühlen glaubten.
Die sich am letzten wegbegeben und über die zerrissene Versammlung am meisten murrten, waren -der Affe und der Esel.
