"Cada macaco no seu galho", o ditado vem a calhar nesta história que vou lhes contar, vendendo-a pelo mesmo preço que me foi passado.
Pois bem, vaidoso e ciumento, invejoso e ruim, o sapo boi do brejo resolveu participar de cerimônia festiva.
A Assembléia engalanada e reunida do salão nobre, viu atônita o sapo boi do brejo, inchado e querendo se passar por figurão, ocupar lugar na bancada de trabalho e escutar os discursos com ares de importante.
Quando as palavras eram de elogio às suas atitudes, mantinha um ar de alheamento, porém mal disfarçava o seu imenso gozo.
Quando a cerimônia ia chegando ao seu final e o derradeiro orador falou de coisas desagradáveis para ele, o sapo boi do brejo inchou mais ainda e ficou ali parado, como quem está experimentando uma taça de fel.
Ora, sapo boi do brejo, você não sabe que o seu lugar é mesmo no brejo, na beira da lagoa, caçando moscas para saciar a sua boca.
Ora, sapo boi do brejo, por que você não vai para o seu lugar e ficar muito quieto, antes que o menino jogue você para longe aos chutes.
Bum...bum...bum...bum...