O CAVALO VENTANIA
Certo dia, o cavalo ventania
Era assim chamado o lindo alazão
Porque, como o vento ele corria
E, era o melhor de toda a região,
Quando de uma cidade a outra levava
Sua dona, a fazendeira, em montaria,
O percurso era longo, a noite chegava
Sem lua, sem estrelas, nada se via...
A trote ou a galope, seguia em frente
Galgando uma a uma as milhas de distância,
Quando um lobo o atacou de repente
Ergueu as patas dianteiras com jactância!
Acertou o lobo com toda a violência.
Na inesperada e brusca arremetida,
A cavaleira surpreendida, em seqüência...
Cai ao chão, ficando desfalecida.
O lobo já se dispunha a atacá-la,
Quando o ventania, em nova arremetida
Saltou, para entre as patas deixá-la
E assim, proteger a sua vida,
Só os raios de sol, do clarear do dia
Viriam a acordar a desfalecida...
Espantada... em baixo do ventania,
Que a protegia do lobo, ser comida.
São Paulo, 22 de agosto de 2004
Armando A. C. Garcia
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