Lafaiete era um menino contente, que morava no interior das Minas Gerais, sempre pelo campo a brincar, gostava de ouvir a cigarra cantar e ficava subindo e descendo das árvores a lhe procurar.
Ele gostava de ver a cigarra cantar, cantar... até estourar...
Os seus olhos ficavam parados, parados... até sem piscar...
Mas um dia, Lafaiete, o menino contente, ficou doente, e para a cidade teve que viajar, para no hospital a sua doença curar.
No hospital, lhe deram um bico muito grande para ele não chorar, era um bico tão grande, que as falhas de dente de leite, ficava a tampar.
E Lafaiete ficava tossindo, tossindo sem parar, e muitas vezes tinha medo, de tossir... tossir... até estourar...
E assim foi passando o tempo, ele sempre a piorar, mas um dia, para o seu espanto, um som novo veio o seu choro calar...
Era uma cigarra errante, que na cidade veio parar. E quanto mais a cigarra cantava, mais Lafaiete melhorava, a tosse passava, enquanto da sua terra Lafaiete lembrava!
Agora, que Lafaiete está quase bom, ele espera os dias passarem, para à sua cidade poder voltar, e ficar ouvindo o canto da cigarra a lhe alegrar.