O sol acordou cedo. Puxou as cortinas de nuvens para espiar a cidade e constatou que não havia ninguém nas ruas. Todos dormiam ainda. Então ele resolveu dormir mais um pouco.
Despertou bem mais tarde com a algazarra das crianças.
Quis abrir as cortinas e não conseguiu. As nuvens tinham resolvido passar o dia todo sobre a cidade. Chamaram as primas e ficaram de mãos dadas para impedir a passagem do sol.
O sol tentou argumentar que havia prometido via EMBRATEL iluminar o dia inteiro. Foi em vão. Quem mandou dormir demais? As nuvens eram muito teimosas.
Desnorteado, o sol resolveu pedir ajuda ao vento, que ainda cochilava esparramado sobre as árvores.
O vento começou a soprar impetuosamente, empurrando as nuvens. Manhosas, elas começaram a chorar. O sol e o vento se entreolharam envergonhados. As nuvens então explicaram que gostariam de ficar sobre a cidade porque era Dia de Natal e elas queriam ver as crianças com seus brinquedos novos. Aí, o sol, as nuvens e o vento entraram num acordo.
As nuvens foram todas lá para o alto da colina. O sol ficou sobre o restante da cidade. De hora em hora o vento passava no alto da colina, apanhava as nuvenzinhas e levava-as a passear por todo lugar. Enquanto isso, o sol mergulhava nas piscinas e lagos dos balneários, pois fazia muito calor!
Assim, as nuvens, o vento e o sol divertiram-se muito. O final do dia encontrou o sol com as bochechas coradas e as nuvens com os seus vestidinhos brancos lambuzados de sorvete de morango e uva. O vento a estas alturas já não tinha mais forças nem para assoviar.
Quando a lua chegou sorrindo, foi só o tempo de dizerem boa-noite e, cansados que estavam, foram direto dormir.