Na senda do amor
Eu caminhei um dia
Entre trancos e barrancos
Na desigualdade que impelia
Cada ser
Para o maldito inferno
Do preconceito...
Mas eu não!
Nasci puro, uma folha em branco
Onde escreviam ao bel prazer
E borravam perfídias desvirtuosas
E nem sequer fecharam
Meus ouvidos e olhos
Às calamidades do mundo!
Agora, estou aqui.
Um ser profundamente patético
Vítima da maldade e do descaso!
Por quê?!
Neste mundo de abundante azul
Teimam em ressaltar o negro
Que apodrece o viço?
Por quê?!
Nas teias da ignorância
Impedem meu sorriso farto
E minha gargalhada inocente?
E eu... Infeliz por dentro
Sigo fingindo o prazer
Na lama infecta do que fizeram de mim...
Gif-prendinha,
de Torre – Natal de 2005
Foto: Julinha, no ballet das abelhinhas, com a amiguinha Nicole
Midi: Jingle Bell