Em sua forma exata a fábula possui três membros, desde os tempos antigos até os mais modernos, conservados como princípios:
1. Situação de saída: ponto de partida (Ausgangs-punkt, Ausgangs-stellung), posição inicial
2. Situação de conflito
2.1 Ação ou Posição
2.2 Reação ou Oposição
3. Desfecho
Este simples, evidente, retórico e hábil esquema de construção deve ser visto em íntima conexão com o objetivo didático da fábula. De início, para entendimento da fábula, deve ser dada ao ouvinte, ou ao leitor, a necessária informação sobre o ponto de partida. A situação, de saída, apresenta rapidamente os contendores e aponta a situação específica de conflito. Em poucos casos, logo após, vem uma descrição, como um quarto lugar, uma tese, (a maioria acrescentada mais tarde), a epimissão (primeiro se fala, depois se pensa) acrescenta o que for mais conveniente em termos de tipografia, ou outra coisa própria da narrativa que esteja em separado.
Exemplo:
_ Por Júpiter! Por quem me tomas? Perguntou o corvo.
— Eu que o diga, por quem te considero! Respondeu a raposa. “Você não é aquela vigorosa águia, que diáriamente, por ordem de Zeus, sobe neste carvalho para alimentar esta pobre? Por quê você dissimula isso? Não é que vejo na triunfal ave de rapina a implorada dádiva que seu deus, por seu intermédio, de muito longe enviou para mim?”
O corvo ficou estupefato e alegrou-se por ser tomado como uma águia. “Não devo, pensou ele, tirar a raposa desse equívoco.”
Generosamente, o tolo deixou-lhe cair seu roubo e voou orgulhoso por isso. A raposa apanhou a carne sorrindo e comeu-a com maldoso regozijo. Porém logo se transformou a alegria em um doloroso sofrimento; o veneno começou a fazer efeito e ela se espichou.
Situação: O corvo sentou-se com seu pedaço de carne em um árvore alta. A raposa ficou louca pela carne e, com água na boca, aproximou-se do carvalho. Pela força nada se alcança.
Ação: A raposa manipula o corvo, tentando-o. O corvo tem, ao contrário dos demais pássaros, uma escura e nada reluzente plumagem. Ao contrário da águia — a rainha dos pássaros — ele tem uma cabeça pouco apresentável. Quando se é rouco e não se pode cantar, dizemos: grasna como um corvo. A raposa diz o contrário. Ela elogia o corvo; ela o lisonjeia por ganância.
Reação: O vaidoso corvo quer se evidenciar e soltar sua voz. Ele está disparatado, insensato. Enlouquecido pela lisonja da raposa, ele nem pensa que pode perder a carne, se abrir o bico.
Resultado: A raposa alcançou seu objetivo com sua astúcia e come a carne. Agora ela observa que o corvo sente-se importante e deve pagar por sua vaidade. Esse esquema aqui demonstrado pode variar. A situação de conflito pode encerrar apenas com uma fala e uma contra-fala, conflito já na ação e na reação se manifesta. Exemplo:
(De H. Arntzen)
O lobo chegou a um regato. Ali escondia-se o cordeiro.
— Fique tranquilo, você não me perturba! Exclamou o lobo.
— Obrigado, respondeu o cordeiro, "já li em Esopo."
Aqui ficam evidentes ação e reação, principalmente, a fala e a contra-fala retratam o núcleo da fábula e particularmente reconstituem determinado momento da fábula.
Fonte: www.udoklinger.de
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Der Aufbau der typischen Fabel
In ihrer strengen Form besitzt die Fabel einen dreigliedrigen Aufbau (11), der von der Antike bis zur Moderne im Prinzip beibehalten wird:
1. Ausgangssituation
2. Konfliktsituation
2.1 Aktion oder Rede
2.2 Reaktion oder Gegenrede
3. Lösung
Dieses einfach überschaubare und rhetorisch geschickte Bauschema muß in engem Zusammenhang mit der didaktischen Absicht der Fabel gesehen werden. Dem Hörer oder Leser wird zunächst in der Ausgangssituation die zum Fabelverständnis notwendige Information gegeben. Die Ausgangssituation stellt die Händelnden kurz vor und lenks auf die spezielle Konfliktlage hin. Eine weitergehende Beschreibung findet sich nur, wenn diese zum unmittelbaren Verständnis unbedingt erforderlich ist. Die Konfliktsituation ergibt sich in der Regel aus der Antithetik, die durch die Gegenüberstellung zweier konträrer Verhaltensweisen hervorgerufen wird. Die Handlung, in der der Konflikt verwirklicht wird, ist dabei so gestaltet, daß eine Verhaltensweise als die unterlegene erkennbar wird. In Rede und Gegenrede, Handlung und Gegenhandlung läuft ein dramatisches Geschehen ab, das sich auf einen Höhepunkt zuspitzt und in einem überraschenden Moment, einer Pointe (Po’inte), gipfelt. Am Ende der Fabel (Lösung) wird das Ergebnis berichtet. Die Absicht des Dichters ergibt aus der Deutung des Fabelgleichnisses. In wenigen Fällen wird der Fabel als viertes Glied ein (meist später hinzugefügter) Lehrsatz, das Epimythion (erst handelnd und dann denkend), hinzugefügt, das dann typographisch oder anders von der eigentlichen Erzählung getrennt wird. Reinhard Dithmar erläutert das Aufbauprinzip am Beispiel der Fabel von Fuchs und Rabe in der Version Gotthold Ephraim Lessings:
Der Rabe und der Fuchs
Ein Rabe trug ein Stück vergiftetes Fleisch, das der erzürnte Gärtner für die Katzen seines Nachbars hingeworfen hatte, in seinen Klauen fort. Und eben wollte er es auf einer alten Eiche verzehren, als sich ein Fuchs herbeischlich und ihm zurief: "Sei mir gesegnet, Vogel des Jupiter!" - "Für wen siehst du mich an?" fragte der Rabe.
- "Für wen ich dich ansehe?" erwiderte der Fuchs. "Bist du nicht der rüstige Adler, der täglich von der Rechte des Zeus auf diese Eiche herabkömmt, mich Armen zu speisen?
Warum verstellst du dich? Sehe ich denn nicht in der siegreichen Klaue die erflehte Gabe, die mir dein Gott durch dich zu schicken noch ortfährt?"
Der Rabe erstaunte und freuete sich innig, für einen Adler gehalten zu werden. Ich muß dachte er, den Fuchs aus diesem Irrtume nicht bringen.
- Großmütig dumm ließ er ihm also seinen Raub herabfallen und flog stolz davon.
Der Fuchs fing das Fleisch lachend auf und fraß es mit boshafter Freude. Doch bald verkehrte sich die Freude in ein schmerzhaftes Gefühl; das Gift fing an zu wirken und er verreckte.
„Situation: Der Rabe sitzt mit seinem Stück Fleisch auf einem hohen Baum. Der Fuchs naht voll Gier nach dem Fleisch. Mit Gewalt läßt sich nichts erreichen.
Aktion: Der Fuchs versucht es mit List. Der Rabe hat im Gegensatz zu den bunten Singvögeln ein schwarzes und nichtglänzendes Gefieder. Im Gegensatz zum Adler, dem König der Vögel, hat er einen unscheinbaren Kopf. Wenn einer heiser ist und nicht singen kann, sagen wir: Er krächzt wie ein Rabe. Der Fuchs sagt das Gegenteil. Er belügt den Raben; er schmeichelt ihm aus Gewinnsucht.
Reaktion: Der eitle Rabe will sich zeigen und seine Stimme erklingen lassen. Er ist töricht. Durch die Schmeichelei des Fuchses betört, denkt er nicht daran, daß er das Fleich verliert, wenn er den Schnabel öffnet.
Ergebnis: Der Fuchs hat sein Ziel mit List erreicht und frißt das Fleich auf. Erst jetzt merkt der Rabe, daß er betrogen wurde und für seine Eitelkeit bezahlen muß."
Das aufgezeigte Grundschema ist variabel. Die Konfliktsituation kann aus einmaliger Rede und Gegenrede bestehen, sie kann auch durch doppelten oder mehrfachen Wechsel ausgedehnt sein. Andererseits kann eine Fabel so reduziert sein, daß die Lösung des Konflikts bereits in actio und reaction zum Ausdruck kommt.
Beispiel:
H. Arntzen
Wolf und Lamm
Der Wolf kam zum Bach. Da entsprang das Lamm.
"Bleib nur, du störst mich nicht!" rief der Wolf.
"Danke", rief das Lamm zurück, "ich habe im Aesop gelesen."
Hier wird deutlich, daß actio und reactio, bzw. Rede und Gegenrede den Kern der Fabel bilden und das eigentlich bestimmende Moment der Fabel darstellen.
11) Siehe auch: E. Leibfried, a.a.O., S. 30