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Infantil-->UM ENCONTRO ESTRONDOSO -- 01/11/2007 - 10:13 (MARIA HILDA DE J. ALÃO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
 




UM ENCONTRO ESTRONDOSO
 
Maria Hilda de J. Alão.
 
 
 
 
Um homem observava um rio, que corria velozmente, com sua água ondeando fazendo um forte barulho. Intrigado, o homem perguntou ao rio:


- Por que tanta pressa, por que sais arrastando as margens, carregando mato e troncos? Por que tanto ruído se não vais a lugar nenhum?


- Isto é o que tu pensas. Eu tenho uma meta, um destino que preciso cumprir. – respondeu-lhe o rio sem parar de correr nem por um segundo.


- Que meta? Que destino é este? – insistia o homem.


- Se queres saber, segue-me! – convidou o rio.


E o homem, montando o mais rápido cavalo que encontrou, seguiu o rio que continuava lhe falando com voz estrondosa.


- Com minhas enchentes dou de beber à terra, fertilizando-a para a produção de alimentos que saciarão a fome de homens e bichos. O mato que carrego é comida para os peixes que vivem em mim, mais uma fonte de alimento, além de aplacar a tua sede, a dos animais e aves; desço cachoeiras, serpenteio florestas e vales. Que destino mais grandioso eu poderia desejar?



- E depois de tudo isto, para onde vais? – quis saber o homem acelerando o passo do seu cavalo.


- Depois de tudo, meu amigo, vou a um encontro. Um forte e estrondoso encontro de amor na minha foz com as águas do mar. – disse o rio suspirando dengoso.


- E como acontece o encontro? Disseste que é estrondoso...


- Sim. Antes de eu chegar há uma calmaria, um momento de silêncio. Tudo pára, o vento parece não soprar. É como um instante de oração e, depois, nossas águas se unem num forte abraço. Pense em duas enormes rochas uma batendo na outra, daí o forte estrondo que se dá. Jamais verás um milagre igual.


A lua, já no meio do céu, sorrindo e banhando-se na água do rio dizia:


- Não te esqueças de dizer a ele que eu faço parte da tua vida. Que é por causa das minhas fases e dos meus equinócios que a tua água se avoluma causando o forte estrondo. Eu não sou a lua só dos namorados, a que mexe com sentimentos românticos, também sou dos rios e dos mares. – completou, dando uma piscadela para o rio.


Finalmente, rio e homem chegaram ao local do encontro. E o homem, descendo do cavalo e posicionando-se em lugar seguro, pôde apreciar o mais belo espetáculo da natureza. O encontro da água do rio com a do mar resultando na bela e temível pororoca.
 
01/11/07. 
 


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