O Brasil perdeu 7000 quilômetros quadrados de floresta só no segundo semestre de 2007. Como é de conhecimento geral, tudo começa com os madeireiros, os primeiros a chegarem à floresta, desmatando-a para deixar o terreno livre aos pecuaristas, aos produtores de soja e outros monocultivos, como a cana de açúcar para produção de álcool. Se olharmos os dados dos estados onde mais se desmatou, veremos que Mato Grosso, o estado que mais produz soja, foi o campeão com (53,7% do total) seguido de Pará (17,8%) e de Rondônia (16%). É claro que isso está diretamente relacionado com o crescimento preponderante do agronegócio brasileiro, que tem sido realizado com base nos monocultivos em larga escala concentrados em poucas empresas, e muitas vezes em detrimento do fortalecimento da agricultura familiar, modelo que mais cria empregos no campo e de maneira ecológicamente sustentável.
Como se vê, num momento em que o mundo inteiro está se mobilizando contra o aquecimento global que tem como conseqüência as desordens climáticas, num momento em que até mesmo as crianças são estimuladas a respeitarem e a preservarem a natureza, e compreenderem que só garantiremos nosso futuro quando lidamos com a natureza de forma sustentável, o discurso sobre meio ambiente e ecologia anda bem afinado, mas na prática destacam-se os maus exemplos.
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