Pela primeira vez na história
Permiti que meu filho criasse
Semi-solto na gaiola
Apenas e unicamente, um canário.
Desde que a porta ficasse aberta
E o passarinho pudesse sair
Ou voltar, quando quisesse...
Pus no cocho arroz cozido e alpiste
No cantinho do aviário, um ninho
Sorrateiramente, pardoca entrou,
Comeu sementes de amor
Em troca, deixou um ovinho
Donde nasceu pardário
Filho de pardal e canarinho.
Pássaros canoros preferem a mata
Só meu pardário sempre que vai, volta
As cores pardas do pardal
Ocupam apenas metade do dorso
Meu pardário peito amarelo e cântico canário
Na porta aberta do aviário
Canta o pardal, canta o canário.