SAPÔNIO E SAPILDA
						
						
						
						Sapônio rapaz galante
						Um grande executivo
						Não tinha um par constante
						Não se sabia o motivo.
						
						Cada dia ele surgia
						Com uma sapa diferente
						Da inconstância que sofria
						Precisava cura urgente.
						
						Certo dia numa lagoa
						Lá do Parque Ibirapuera
						Num passeio de canoa
						Seu coração acelera.
						
						Na lagoa, junto à margem,
						Uma sapinha coaxava
						Não era uma miragem,
						Pra ele, ela acenava.
						
						Ele então se apresentou:
						- O meu nome é Sapônio.
						E ela dele gostou
						Tudo parecia um sonho.
						
						As duas criaturinhas
						Começaram a namorar
						Trocavam beijos e florzinhas
						Pensaram logo em casar.
						
						Sapilda beijou Sapônio
						E o encanto não findou
						Naquele dia risonho
						Somente o amor falou.
						
						E nosso sapo galante
						Nunca mais trocou de par
						Sapilda o amor constante
						Pra outra não deu lugar. 
						
						
						Brasília, DF, 13/7/2011
						
						
						