Personagens das “Mil e uma noites” e de outros fantásticos mundos da imaginação podem sair dos livros e viverem noutros mundos encantados, como a tua Emília — disse Corina:
— Sabe de onde Emília veio?
— Emília me falou de um homem bom, que foi preso, porque escrevia livros. Se eu escrever um livro, também serei presa, vovó?
— Não dê crédito a tudo que diz uma boneca. Agora, durma, Princesinha.
Corina Retirou-se.
Seus passos foram ficando mais distantes, lentos, lentamente se afastavam, até desparecerem do alcance auditivo da menina.
— Pode acordar, Emília! A vovó já foi embora.
— Quero dormir e não consigo!
— Conte carneirinho... conte assim:
Carneirinho, carneirinho,
Vem me ensinar a pular...
Quero contar carneirinhos,
Carneirinho bem branquinho
Vem me ensinar a contar.
— Um, dois, três...
Galinha pedrês...
Quatro, cinco, seis...
Tem ovo no indez...
Sete, oito...
Fazer biscoito
Nove, dez...
Comendo pastéis.
Onze, doze...
Menina educada
Aguarda a vez
Para no treze...
Bate palminha...
Vem criancinha
Pulando sozinha
Pega a bolinha...
Quatorze! Salta o quinze
Vai até dezesseis
Atenção!
No quadrinho dezessete
Põe a mão no coração...
Contagem genial! Durma agora com os anjinhos. E Sonhe com passarinhos. Carneirinho, carneirinho,carneirinho bem branquinho. Faz criança dormir e sonhar. Zzzzzzzzzzzzzzz... ***
Adalberto Lima, trecho de Estrela que o vento soprou.
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