Judith Schalansky é uma premiadíssima e original escritora alemã, de quase quarenta anos, de cuja autoria tenho aqui às mãos o Pocket Atlas of Remote Islands, publicado em 2009.
Nessa publicação, Judith é bem objetiva, advertindo, na capa alaranjada do cativante livrinho de 240 páginas: Cinquenta ilhas que não visitei e às quais jamais irei. E com justa razão, pois tratam-se de ilhas remotas, quase inalcancáveis e uma boa parte delas, inabitadas.
Anima-se, jovem leitor, a um passeio com ela? Se sim, ou mesmo se não, comecemos pela ilha Solitária, no Oceano Ártico, que pertence à Rússia.
Com 20 km2, a ilha é inabitada, e distante de tudo. Sua vizinha mais próxima é Novaya Zemlya, a 300 kms...de pura solidão. Sua descoberta, relativamente recente, é de 1878, pelo navegante norueguês Edward Holm Johannesen. Fato remarcável sobre essa ilha foi a descoberta de uma vértebra cervical de um plesiosauro no início da década de 1930, um verdadeiro achado arqueológico...
Ponto de observação da movimentação de ursos polares, e estação meteorológica, já desativados, a ilha foi alvo de bombardeio por submarino alemão já no fim da segunda guerra mundial, com estragos
significativos. A retomada de atividades perdurou até 1996, com o seu fechamento definitivo, com a ordem de evacuação de próprio governo russo.
Anima-se a desembarcar...?
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