Nestes tempos de isolamento, estimulado, e forçado, Bouvet, a ilha norueguesa nas cercanias do continente Antártico soa como a solução ideal. Quarenta e nove quilômetros quadrados da mais absoluta solidão, sob uma napa branca que cobre pelo menos 93% desse território inóspito e praticamente inalcançável e inabordável. Pura e inteira geleira...

Bem que Judith avisou, desde a capa de seu roteiro,  a não ser seguido. Mas de teimosos, tamos aqui...Bouvet, ou Bouvetoya para os noruegueses, fica a coisa de 2.500 kms do sul do Cabo da Boa Esperança, e 1.700 km do continente dos pinguins. Sua descoberta, se é que se pode imaginar como descobrir esse imenso cobertor gelado, deu-se em 1739 pelo navegante francês Jean Baptiste Charles Bouvet de Lozier, mas o primeiro desembarque deu-se somente em 1.825 na expedição britânica de George Norris...e em 1.930, a Noruega, com sua irrestível vocação para extremidades polares, anexou a citada ilha. Mas nada de relevante ou revelante, parece ter acontecido desde então.

Judith tinha razão... ou quem sabe há menos risco por aqui, pelo menos até a pandemia passar...?