Volta ao Mundo com Judith (XXVIII)
Vamos para Pukapuka? Com seus meros três km2 fica difícil de achar até no mapa do Google, imagine então só de astrolábio à mão na imensidão do Pacífico, naquele século XVI...? E não é que Don Álvaro de Mendaña, navegante espanhol lá aportou em 1695...? Um fiapinho de terra, mais atol na verdade, espalhado à semelhança das pás de um ventilador descalibrado...
Samoa está a 700 kms e o resto é tudo pra cima de mil kms...Rarotonga, Napuka, etc... E não é que, surpreendentemente, cerca de 600 pessoas vivem nessas praias permanentes, sem ter noção na vida do que é uma colina, e muito menos uma montanha?
Robert Dean Frisbie, escritor americano, buscando fugir ao burburinho da civilização, encontrou a paz na Polinésia, sobretudo em Pukapuka onde sua produção literária foi pródiga e de muito interesse ao leitorado de sua Mãe-Gentil...
O que mais o encantou foi a nudez e a apareente inocência dos locais em matéria de sexualidade e moral. Além da propensão para o canto, antes, e depois, dos atos... E concluiu, numa de suas memórias sobre as mágicas ilhas de Pukapuka: sex is a game, and jealousy has no place.
E isso tudo foi bem antes da explosão da AIDS...
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