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Cão falante em programa de auditório
Era uma daquelas intermináveis tardes do homem do Baú da Felicidade própria. Um dos quadros era o daquelas coisas exóticas, sob a trepidação da platéia e da audiência Brasil afora e, certamente o olhar apaixonado da
Ganzarolli...
E logo entra no palco um cidadão acompanhado de seu cãozinho, que já era o décimo-sexto e derradeiro bichinho daquele quadro. O entrevistador embora galante Señor já estava ele próprio cansado de tanta sem-graceza.
Mas tinha que concluir, e quis fazê-lo da maneira mais breve possível. Enfiou a mão num saquinho que continha perguntas e disparou a primeira:
- Diga aí, cachorrinho vira-lata, como é que se diz teto em inglês:
- Ruf, o bichinho respondeu (escreve-se roof, mas a pronúncia é próxima de ruf mesmo...)
- E agora, ainda em inglês, como se chama uma lixa bem lixenta...?
- Ruf, o cãozinho respondeu (escreve-se rough, mas a pronúncia também é ruf...
- Terceira e última pergunta, para ganhar dez notas do lobo guará:
Qual o mais famoso jogador de basebol de todos os tempos dos Estados Zunidos:
- Ruf, o cãozinho respondeu na bucha. (Escreve-se Ruth, o famoso Babe Ruth, e a pronúncia é também ruf...)
Mas o Señor se aborreceu com aquela monotonia que lhe escapava ao entendimento, e lhe aumentava o entediamento, e abruptamente anunciou o fim da entrevista, sem a premiação prometida... E, enquanto varria do palco o entrevistado e seu dono, teve ainda que ouvir essa,
do cão, meio perplexo, virar-se pro dono e o indagar:
- Você não acha que eu teria me saído melhor se nesta última pergunta tivesse respondido: Derek Jeter...?
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