Isabel corria, corria e corria. Desesperada fugia, mas nem sabia. Sem mesmo pensar, fugia de si.
Nas ruas via espelhos, de formas variadas e deformadas. Saltava do seu quarto esquisito para um mundo ainda mais.
Quanto mais corria mais sentia o coração apertar.
Soluçava suas máguas e se lembrava de suas cartas.
Quando percebeu, eram as cartas que corriam com ela no desespero de encontrar o mar.
Mais e mais Isabel acreditava em seu colapso ou mesmo na fuga de sua alma por entre seus poros.
E as cartas agora fechavam-na cada vez mais, e o ar parecia mais e mais extinto.
Agora, com o ar nas lembranças, uma explosão a corrompia de dentro para fora, e quando foi hora dela mesma se extinguir, num surto, Isabel se levantou e puxou o ar o mais que seu pulmão podia aguentar... e assim se lembrou: "Estou viva..."; se espreguiçou, lavou o rosto e o espelho a olhou...