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Infanto_Juvenil-->KINUHIME, a deusa da seda * -- 06/10/2006 - 09:46 (Heleida Nobrega Metello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
(texto de Claudio Seto)


Há muitos e muitos anos, havia uma linda jovem chamada Kinu (seda), numa aldeia famosa pelo cultivo da sericultura.

Anualmente, na primavera, muitos dekasseguis (trabalhadores temporários) vinham para essa região e trabalhavam no corte dos galhos de amoreiras.

Nessa época, a aldeia ficava muito populosa e todos trabalhavam felizes e com grande entusiasmo.

Conseqüentemente, havia muitas festas na região. Os bichos-da-seda alimentavam-se das folhas de amoreiras cortadas e colocadas nos barracões pelos trabalhadores e faziam seus casulos nos galhos.

Quando terminavam os trabalhos de colheita dos casulos, os dekasseguis voltavam para suas províncias de origem e a aldeia voltava a ser pacata e até solitária.

A família de sericultores que acolheram Kinu temporariamente percebeu que, em todos os anos em que ela trabalhou na cultura da seda em suas terras, os casulos eram maiores e mais brancos, sendo considerados pelo comprador da produção melhores que os da China.

No final da temporada daquele ano, os sericultores fizeram grandiosa festa em agradecimento aos dekasseguis pelo trabalho e serviram um delicioso banquete.

Durante a festividade, tentaram descobrir de que região do Japão Kinu teria vindo trabalhar, mas foi em vão.

Ela nada contou, esquivando-se com respostas educadas.

Assim, ninguém ficou sabendo de onde ela veio, nem para onde retornaria após a temporada de trabalho, nem sobre sua família.

Na hora da partida, a família que a acolhera naquele ano pediu encarecidamente que Kinu voltasse no ano seguinte.

Ela despediu-se de todos e deixou a aldeia por uma estrada estreita.

Para assegurar que ela voltaria na próxima temporada, alguns aldeões a seguiram sorrateiramente no meio da mata.

Porém, poucas horas depois de sair da aldeia, ela desapareceu de repente. O local onde ela desapareceu era na beira de um lago.

Os aldeões vasculharam toda margem, mas não a encontraram.

Um dos rapazes observou que no lago havia um ovo branco de serpente, fora isso, nada havia de diferente.

Na primavera seguinte, ela não apareceu, apesar de todos a esperarem ansiosamente.

Alguns membros daquela família de sericultores viram várias vezes uma serpente branca andando na plantação de amora e no barracão da seda.

Apesar de Kinu não ter aparecido, mais uma vez os casulos colhidos naquele ano foram brancos e bonitos.

A família concluiu que aquela serpente branca que eles viram era Kinu.

Transformada em serpente, ela estava protegendo os bichos-da-seda contra os ratos.

Assim, fizeram uma estatueta com a forma dela e a colocaram num santuário Shintô (religião originária do Japão) na primavera, para ser reverenciada como deusa da seda.

Após a temporada da seda, os aldeões, agradecidos, levam a estatueta até um lago e a colocam num pequeno barco, mandando-a de volta.

Ainda hoje, em muitas aldeias de sericultores no Japão, esse ritual é praticado em reverência a Kinuhime, a deusa da seda.
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