Usina de Letras
Usina de Letras
28 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63221 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10673)
Erótico (13592)
Frases (51735)
Humor (20173)
Infantil (5601)
Infanto Juvenil (4942)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141305)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Infanto_Juvenil-->Lengalenga Pedagógica e Cultural -- 21/11/2006 - 10:06 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
HISTÓRIA DE PORTUGAL
EM REDONDILHA-MAIOR SEXTILHADA
PARA MIÚDOS E GRAÚDOS


I

Por obra da humanidade
à benquista luz da esperança
quem bem faça a relação,
verá que em realidade
tal e qual uma criança
também nasce uma nação.

II

Amor-raiz pelo chão
de gatinhas, passo a passo
até sentir por inteiro
a excelsa sensação
ante-após, laço-regaço,
e nada é mais verdadeiro.

III

Afonso Henriques, primeiro
rei-sábio, Conquistador,
reuniu Portus a Calle
e Dom Sancho, seu herdeiro,
guerreiro, Povoador,
continuou Portugal...

IV

Para exemplo crucial
face ao inimigo esconso
pondo seu pai em memória,
fecundo além do legal
Dom Sancho gerou Afonso,
o Gordo da lusa-história...

V

Pela linha sucessória
reina Dom Sancho-segundo,
o Capelo, régio e crente,
irmão do terço em glória,
também Afonso pró mundo,
o Bolonhês sapiente...

VI

Segue avante a lusa-gente
sob um reinado feliz
que mais e mais se levanta
na gestão eficiente
do Lavrador Dom Dinis
casado com uma Santa...

VII

Mais um Bravo se implanta,
el-rei Dom Afonso-quarto,
folgazão assaz guerreiro,
pai do rei que nos encanta
em tempo curto mas farto,
Dom Pedro, o Justiceiro...

VIII

Emfim o rei derradeiro
da primeira-dinastia
Dom Fernando, o Formoso,
de grandes males carteiro
por ter dado a primazia
a casamento maldoso.

IX

Cai o Povo desgostoso,
preso ao jugo traiçoeiro
de Leonor e Beatriz,
mas guerreiro astucioso,
atento ao lance matreiro
estava o Mestre de Aviz...

X

Milagre de bis-a-bis
ante a iminente derrota
a batalha é inolvidável,
peleja que Deus bem quis
consagrar Aljubarrota
ao seu Santo Condestável...

XI

Quiçá no mais agradável
momento à luz da História
em permanente luzeiro,
surge a geração notável
do rei de Boa Memória
que foi Dom João-primeiro...

XII

Dom Henrique timoneiro,
Mor Infante da expansão
em Sagres, porta do mar,
enviou ao mundo inteiro
navegadores de eleição
sem medo de naufragar...

XIII

Em façanhas de pasmar
o sonho engravidou
com denodo providente
na arte de bem cavalgar
a toda a sela passou
Dom Duarte, o Eloquente...


XIV

Passa o negro continente
defronte ao chão lusitano
batucando a lusa-testa
do rei audaz e valente,
Dom Afonso, o Africano,
o quinto da lança-gesta...

XV

Tudo pronto, o olhar assesta
no horizonte a preceito
para dar cartas ao mundo;
proclama o Povo em festa:
viva o Príncipe Perfeito
el-rei Dom João-segundo...

XVI

Mais além do mar profundo,
Bojador, Índia, Brasil,
navegam as caravelas;
Gil Eanes passa a fundo,
Gama, Cabral e aos mil
os sonhos todos vão nelas...

XVII

Sob os astros e as estrelas,
morre o rei, não há herdeiro,
mas arcano auspicioso
no sopro das mesmas velas
põe Dom Manuel-primeiro
em governo Venturoso...

XVIII

Sucede-lhe o Piadoso
el-rei Dom João-terceiro
a maus tempos destinado,
pai de filho desastroso,
Dom Sebastião coveiro
do eterno Desejado...

XIX

No sonho em vão esfumado
por Alcácer-Quibir
fenece a Pátria escrita:
Dom Henrique, mal testado,
rei Casto sem advir
e Camões morre em desdita...

XX

Aos portugueses sem dita
em tristeza desactivos
os maus ventos castelhanos
impõem em comandita
três Filipes sucessivos
por sessenta longos anos...

XXI

Enganos e desenganos,
miséria, submissão,
vida dura, amargurada,
sob os faustos desumanos,
tirania e a perdição
da Invencível Armada...

XXII

Pouco a pouco a alvorada
desenhou-se na paisagem
acoitada no segredo
da esperança atormentada
entre os cumes da coragem
e os abismos do medo...

XXIII

Entre as malhas do enredo
em Évora explodiu
impante a rebelião
a três anos, mas já cedo
do dia que coloriu
de sol a Restauração...

XXIV

Dona Luísa de Gusmão
anunciando a aurora
pra Dom João, decidida,
disse mais valer então
ser rainha uma hora
que duquesa toda a vida...

XXV

Com Lisboa adormecida
os conjurados cercaram
o Paço estremunhado
e em voo de saída
pela janela lançaram
um traidor apunhalado...

XXVI

Foi depois aclamado
Dom João-quarto, senhor
e soberano real
por haver reconquistado
e ser o Restaurador
da coroa de Portugal...


♣ Continua ♣

António Torre da Guia
DR s/ SPA - 1.1453
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui