Um lugar feio,
Mas tranqüilo,
Bom de se morar
Enquanto manter fechados os olhos.
De fundo um som nostálgico
Em volta, tudo confuso.
Não se deve seguir placas,
Pois são sinais da imprevisibilidade.
Segue-se seguro no caminho do precipício
Cai-se no caminho do amor
Numa Vila chamada Ilusão.
Logo ao lado da verdade
Lugar onde poucos sorriem.
Logo atrás do sonho
Onde todos andam meio abobados
A maioria gosta dali
Mas de lá tentam sempre ir para o norte
Mas é um caminho tortuoso
É onde fica a Vila Realização
De poucos moradores.
Dizem alguns que é uma bela paisagem.
Exceto nesta última Vila, a região é árida
E todos esperam que bons ventos soprem
Da Vila Realização a chuva:
A tal da Felicidade
Enche os rios, os reservatórios,
Molha a terra,
Dá diversão às crianças.
Mas ali também se espera um tal fim do mundo
Muitos dizem por aí...
A tal Morte.
Uma grande pedra que ronda os ares
Às vezes pode-se vê-la ao longe
Mas sabe-se que pode vir de repente.
Ninguém confessa para os vizinhos
Para amigos ou familiares
Mas todos, apesar do medo, esperam-na.
Espera-se pela Morte.
Que há de por fim em todos os sofrimentos
E que há de levar todos a algum lugar melhor
Melhor até mesmo que a tal Realização
Ninguém nunca acreditou que aquilo existisse mesmo.
Perdi-me em minha mente...
É constrangedor não conseguir sair deste lugar,
A Vila Ilusão.
É tudo meu por aqui...
Mas a posse de nada adianta.
Acho que já vejo a pedra rondando...
Mas... é pura ilusão...
Ainda há muito tempo para se perder.