Todos falavam da menininha, imaginavam a menininha, curtiam a menininha, sem dó nem piedade de mim. Talvez os meninos quisessem mesmo aquela irmãzinha, não sei...
Passei minha infância desejando uma companheira e ela não veio. Tive que me acostumar a viver rodeada de moleques.
Na adolescência, ela já não me fazia tanta falta. Não precisei dividir roupas nem perfumes com ninguém. Tampouco disputar namorados. Mas bem que ela poderia ter dividido comigo as atenções dos herois da casa. Enquanto eles a atazanassem, eu teria folga para respirar um pouco.
Agora, moça feita, de que me serviria aquela irmãzinha? Agora não precisava mais de irmã nenhuma, já havia penado o suficiente!
E não queria ver todo mundo babando por causa de uma dengozinha, manhozinha, chatinha...